As Gravuras de O Tempo Tão Suspirado - D.ª Carlota Joaquina
D. Carlota Joaquina, 1808. Gravura a buril e ponteado de Manuel Marques de Aguilar, a partir de Giuseppe Crono (?) (1739-1810), escª italiana. 295 x 219 mm (mancha).
Carlota Joaquina Teresa Cayetana de Borbón y Borbón, era filha do rei Carlos IV de Espanha. Quando casou com o príncipe D. João, de Portugal, em 1785, contava apenas 10 anos e não estava no seu horizonte ser coroada como rainha de Portugal. Com a morte do príncipe D. José, o seu marido passou para a primeira linha de sucessão da Coroa portuguesa, passando a governar de facto em 1792, por impedimento da mãe. A condição de princesa-regente assentava bem no seu carácter ambicioso, imprevisível, obstinado e impetuoso, sendo conhecidas as suas tentativas de intromissão nos negócios do Estado. A sua relação com D. João VI foi sempre conflituosa. Em 1805, chegou a ensaiar, sem sucesso, afastá-lo do poder, por alegação de demência, com a intenção de ser ela própria a assumir a regência. Desde essa altura, D. João e D. Carlota Joaquina passaram a viver separados. Deu à luz nove filhos, nascidos entre 1793 e 1806. Não faltou quem sustentasse que D. João tinha dúvidas em relação à paternidade dos últimos. No regresso a Portugal, recusou-se a assinar a Constituição. Até ao fim dos seus dias, em 1830, conspirou contra a nova ordem liberal.
O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.
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