O Tempo Tão Suspirado - Relação do que se Praticou em Guimarães (...)
Relação do que se praticou em Guimarães, em aplauso da feliz restauração deste reino. Lisboa, off de Joaquim Thomasz de Aquino Bulhões, 1808, 185 x 140 mm, 15 pp.
A reacção às invasões francesas provocou uma irrupção da actividade editorial até aí sem paralelo na história da imprensa em Portugal. Os panfletos anti-franceses, em prosa ou em verso, que circulavam de mão em mão sob a forma de folhas volantes, tiveram o seu momento áureo enquanto duraram as invasões, entre 1808 e 1811. Se este género de publicações contribuiu como poderoso instrumento no combate aos franceses, a sua difusão irá concorrer para o enraizamento de novos hábitos de leitura que, idos os invasores, ajudarão na difusão de boa parte das ideias de que eles tinham sido portadores e que acabarão por sair vencedoras na revolução liberal de 1820. Entre a miríade de folhetos então publicados, encontra-se esta “Relação do que se praticou em Guimarães, em aplauso da feliz restauração deste reino”, na qual se descrevem as grandiosas e singulares festas que, nos dias 28, 29 e 30 da Outubro de 1808, “se fizeram na vila de Guimarães em acção de graças pela feliz restauração de Portugal”.
O Tempo Tão Suspirado: exposição de Gravuras da Colecção da Sociedade Martins Sarmento, alusiva ao 2º Centenário da aclamação do Príncipe D. João em Guimarães, pode ser visitada na SMS até 20 de Julho.
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