Efemérides vimaranenses: 11 de Setembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1531 — De tarde reuniu a câmara e 13 homens dos honrados que andavam no regulamento da vila, para elegerem provedor das Gafarias dos Lázaros desta vila, por Brás Afonso ter acabado o seu triénio e por os lázaros requererem “que não eram providos e jaziam no chão e pareciam arrumos”, e saiu eleito Lancerote Rodrigues morador e mercador na praça (de Nossa Senhora da Oliveira) desta vila. Foi-lhe dado o juramento no dia para que bem sirva o oficio de provedor no seu actual triénio.
1570 — O cabido faz contrato, na nota de Manuel Gonçalves, com os mestres pedreiros Domingos Gonçalves e António Dias, moradores no Campo da Feira, de lhe fazerem o torreão da igreja de S. Paio e uma igreja nova onde estava a ermida de São Sebastião, dando-lhe para isso toda a pedra da dita ermida e torreão bem como toda a que estivesse na ermida de Santa Cruz, exceptuando a capela, e no Campo da Feira, cem mil reis à custa dele cabido e do D. Prior, e toda a cal necessária.
1704 — O governador das armas desta província Conde de Atalaia, despacha em Pinhel o requerimento da Câmara de Guimarães, em que diz: - “À palha que se lançar aos moradores do termo de Guimarães deve ser a 3ª parte menos do que se costumava lançar no tempo da guerra, porque no dito tempo havia mais cavalaria do que agora há, e comia cada cavalo 3 copas de palha e agora se lhe dá só duas, e lança-se mais palha do que é necessário é dar ocasião a que se venda.”
1783 — Provisão autorizando por um ano o Veríssimo Francisco, de Moreira de Cónegos, a dar escola de ler, escrever e contar a quem com ele quisesse aprender.
1792 — - Princípio de uma capela de música: Por escritura pública, os músicos: João da Silva Barbosa, da rua de S. Lázaro; Manuel José Gonçalves, da mesma; Manuel José Mendes Pereira, da rua nova de S. Sebastião; Reverendo Luís António da Costa, das Hortas do Prior; Reverendo Bento José de Almeida, da rua de Santa Luzia; os Reverendo s. beneficiados Luís António de Passos Lima e João António Barros seu irmão, da rua Travessa; Francisco António Correia de Almeida, da rua do Gado; os Reverendo s José Correia da Silva e António Correia da Silva, seu irmão do rocio do Toural, e António de Jesus, da rua de Trás-o-Muro; fizeram sociedade de andarem unidos com a sua capela de música, ficando regente João da Silva Barbosa, para reger e ensaiar, recebendo duas partes de cada função, e para recebedor do dinheiro das funções Manuel José Gonçalves, o qual aceitaria as funções mas não as disporia sem dar parte ao mestre; esta sociedade duraria 10 anos a contar desta escritura, não podendo nenhum dos sócios ir a função alguma de igreja que fosse da capela da Colegiada com pena de 1$200 réis cada um e o mestre 2$400, salvo se o mestre da capela da Colegiada desse para esta capela as figuras que lhe pedissem; havendo função desta capela não iria nenhum à da Colegiada sem consentimento de todos; não entraria nunca por sua incapacidade António José de Araújo “o Chapa”, o qual também não entraria nas funções quando pedissem músicos à capela da Colegiada. -
1839 — A Câmara de Aveiro fez o lançamento do imposto aos géneros que se vendessem na feira de Santo André na vila de Esgueira, no dito ano, e mencionou “Fabricantes de algodão e seda, em barracas ou casas 1$600 – Dita de Guimarães, em barracas ou casas 2$400”, não se referindo a indústrias de outra terra alguma, mas somente à de Guimarães.
1843 — Escritura de permuta em que a Câmara dá ao Hospital da Ordem Terceira Dominicana 6 varas de terreno, pelo poente, de sul a norte, e pelo nascente, de sul a norte 8 varas no frontispício do hospital, da cercado, e recebe em troca as vertentes da agua da poça do dito hospital para regar a cerca.
1847 — Houve na feira do Pão desta vila um grande reboliço por causa de uma junta de bois que deitou fugir (julgou-se que foi garrocha que lhe deitaram para os ladrões poderem roubar) atropelando, e mais o carro que levavam muita gente, ficando quase morta uma mulher que se recolheu para o hospital de S. Francisco, um homem com as pernas quebradas, e outras pessoas mal tratadas. P.L.
1859 — Festejou-se o Senhor dos Aflitos que se venerava em dois oratórios na rua de Gatos.
Esteve a rua toda toldada e fizeram 6 passos alusivos a diferentes passagens da Sagrada Escritura.
1898 — Houve festa em Campelos, ao Senhor Jesus, servindo de inauguração à celebração de uma missa celebrada em todos os domingos e dias santificados, promovida pela direcção da Companhia de Fiação e Tecidos (de Campelos), destinada aos operários da sua Fábrica.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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