Efemérides vimaranenses: 11 de Setembro
A antiga igreja de S. Paio
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1570 — O cabido faz contrato, na nota de Manuel Gonçalves, com os mestres pedreiros Domingos Gonçalves e António Dias, moradores no Campo da Feira, de lhe fazerem o torreão da igreja de S. Paio e uma igreja nova onde estava a ermida de São Sebastião, dando-lhe para isso toda a pedra da dita ermida e torreão bem como toda a que estivesse na ermida de Santa Cruz, exceptuando a capela, e no Campo da Feira, cem mil reis à custa dele cabido e do D. Prior, e toda a cal necessária.
1826 — Chega a notícia de terem sido “apeados” os 3 ministros da vila: José Caetano Peixoto Martins, corregedor, Francisco Luís Ferreira da Mota, provedor, e António de Albuquerque, juiz de fora, pelo mal que se haviam comportado depois da Carta Constitucional. Foram nomeados outros ministros. P.L.
1847 — Foi o primeiro dia que choveu nesta vila e imediações depois que principiou o verão (excepto um dia por efeito de uma trovoada, e choveu pouco) tendo havido uma grande seca, que fez com que os restivos não dessem nada, e tendo havido em um tão intenso, e extenso calor muitas diarreias de sangue e bexigas, das quais morreram uma grande de criaturas, principalmente crianças. P.L.
1847 — Houve na feira do Pão desta vila um grande reboliço por causa de uma junta de bois que deitou fugir (julgou-se que foi garrocha que lhe deitaram para os ladrões poderem roubar) atropelando, e mais o carro que levavam muita gente, ficando quase morta uma mulher que se recolheu para o hospital de S. Francisco, um homem com as pernas quebradas, e outras pessoas mal tratadas. P.L.
1857 — Portaria mandando recolher à Torre do Tombo vários documentos do cartório da Colegiada de Guimarães, que o cabido entregaria a um delegado da Academia Real das Ciências. O Cabido representou a el-Rei e a portaria ficou sem execução.
1874 — Portaria do ministério do reino, autorizando a Câmara a fazer o contrato provisório com algumas modificações que lhe insinuava convinha fazer nas bases do projectado contrato para aproveitamento das nascentes das águas medicinais de Vizela e construção de estabelecimentos de banhos, cujo contrato a Câmara ia celebrar com uma companhia, para oportunamente ser apresentado às cortes.
1881 — - Domingo - De tarde houve Bazar, com música, em benefício das obras de construção do edifício da Associação Artística Vimaranense.
1913 — Foi colocada uma lâmpada eléctrica, dentro do Padrão de Nossa Senhora da Vitória, e logo no dia
1917 — No comboio, às 8 e meia horas da noite, chega à estação de Vila Flor o cónego José Maria Gomes, cuja chegada foi anunciada por uma grande girândola de foguetes; nela estavam várias colectividades com seus estandartes, bombeiros voluntários e diversos indivíduos de destaque no nosso meio social. Multidão enorme aclama o Cónego, o qual agradece as saudações da cidade reconhecida; e veio acompanhado por uma marcha aux flambeaux e muito vitoriado durante o trajecto para o teatro D. Afonso Henriques, e, ao aparecer no palco, o presidente da Sociedade Martins Sarmento saúda-o e agradece-lhe a graça que ele conseguiu de o nosso Liceu ser elevado a Central. Em seguida falou o Dr. António Portas. O Cónego agradeceu com um muito obrigado.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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