Efemérides vimaranenses: 7 de Setembro

A Ordem Terceira de S. Domingos

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1515 — Nasce em Lisboa o infante D. Duarte duque de Guimarães.

1665 — Alvará régio concedendo que as pessoas presas por ordem do Prior-Mor de Guimarães e de sua jurisdição, fossem recolhidas na cadeia da correição, e os carcereiros as aceitassem, sem a isso pôr dúvida, e as guardassem como as mais que o eram por ordem dos ministros; e contra os carcereiros que não obedecessem procedesse o corregedor e o juiz.

1666 — Falece em Lisboa, D. Diogo Lobo da Silveira, Prior de Guimarães, que estava em casa do Conde de Vila Nova quando desabou uma varanda da mesma casa, ficando ele D. Prior debaixo das ruínas. Fora nomeado Bispo de Viseu, mas, devido às guerras com Castela, não chegou a obter tal dignidade. Era filho de D. João Lobo, 6.º barão de Alvito, e de sua mulher D. madalena de Lencastre. Foi colegial de S. Pedro, cónego da Sé de Lisboa e sua mulher da cortina del-rei D. Afonso VI.

1787 — Carta do Cônsul espanhol em Lisboa nomeando Vice-consul em Guimarães a Custodio José Teixeira, negociante e morador em Guimarães. Confirmação régia em 17 de Setembro de 1787.

1828 — Faleceu no Rio de Janeiro, para onde tinha partido com a corte portuguesa em 1807 e aí permanecido até esta data do óbito, frei Custódio de Faria ilustre vimaranense nascido a 16 de Dezembro de 1761. Professou no convento augustiniano de Lisboa a 19 de Março de 1785. Conhecendo a fundo as línguas grega e hebraica, foi nomeado professor destas línguas no Colégio da Graça de Coimbra, que era da sua ordem, sendo depois transferido para o Seminário Patriarcal de Santarém, onde foi encarregado de reger hebraico e retórica. Nomeado em 1797 censor do Ordinário para a qualificação dos livros pelo cardeal patriarca de Lisboa D. José Francisco Miguel António de Mendonça, partiu em 1807 com a corte portuguesa para o Rio de Janeiro (como já fica acima dito) e ali permaneceu até à data da sua morte, exercendo o professorado da língua grega. Escreveu: Arte nova da língua grega, para uso do Colégio da Graça de Coimbra, Coimbra, 1790.

1856 — - Domingo - Festejou-se na igreja das Dominicas a imagem de S. Roque. Domingos António de Carvalhães senhor da quinta de Carvalhães, em Silvares, (onde morreu), morava na rua Travessa das Oliveiras e era o encarregado da festa. Alguns seus amigos ou inimigos, para com ele se divertir, afixaram anúncios pela cidade, convidando os habitantes a ir presenciar o magnífico fogo de vistas. Ele fingiu ignorar tudo, e, na hora indicada nos anúncios, “fez subir ao ar um foguete monstruoso, que deu um tiro semelhante ao duma peça de 24”. O povo correu ao lugar (e talvez os mesmos anunciantes) mas ainda espera pelo resto.

1863 — Escritura, na nota de Francisco José da Silva Basto, de transacção entre a Câmara e a Ordem Terceira de S. Domingos, sobre a comunicação da rua de D. João I com a praça do Mercado, conforme o acordo que tinham feito a 16 de Agosto do mesmo ano.

1900 — No comboio da noite chegou a colónia vimaranense residente no Porto, representada por vários cavalheiros, entre os quais José Vilarinho presidente da colónia artística e o Dr. Agostinho do Souto presidente da colónia comercial, que tiveram grande e entusiástica espera na gare. A Peregrinação à Penha, grandiosa, com 4 bandas de música, foi no dia seguinte.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.