Efemérides vimaranenses: 2 de Setembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1477 — É esta a data do testamento do arcebispo de Braga, D. Fernando da Guerra, que nele inseriu a seguinte verba: "Deixo as minhas peças de prata, e móvel da minha casa, à igreja de Santa Maria de Guimarães, pela muita devoção que tenho, e sempre tive a esta Senhora, pelo muito fervor e ajuda que sempre me deu, principalmente na Batalha Real, onde muitos a vimos com os nossos olhos, e El-rei D. João, e assim prometeu vir a pé à sua casa; e a ela viemos todos, e lhe oferecemos muitos dons". Este testamento não merece crédito.
1536 — Alvará de El-rei D. João III, em Évora, porque o duque de Bragança e de Guimarães seu sobrinho, dava a vila de Guimarães e as rendas dela em dote de casamento à infanta sua irmã com o infante D. Duarte, irmão d'El-rei, a qual era da Coroa: ordena que se o infante falecer primeiro que a infanta, ela tenha em sua vida a dita vila com sua jurisdição, rendas, etc.
1815 — Provisão conservando indiviso o monte da Senhora da Luz, Miradouro e Pombais para uso dos moradores.
1820 — O D. Prior escreve de Lisboa ao seu Cabido, enviando-lhe uma proclamação dos governadores do reino, respeitante à sublevação da cidade do Porto em 24 de Agosto, congratulando-se por a Providência ter dado tão bons governadores.
1823 — O vimaranense Joaquim Navarro de Andrade, director literário da Academia da Marinha e Comércio do Porto e 2 lentes dela, foram, comissionados pela mesma, protestar, perante D. João VI, obediência, fidelidade e acatamento. A "Gazeta de Lisboa" diz ser isto neste dia, mas a mensagem de protesto está datada de 4 de Setembro de 1823.- "Gazeta de Lisboa" de 9 de Setembro.
1852 — A Câmara Municipal faz duas representações à Rainha, pedindo integridade do concelho e estrada do Porto a Guimarães.
1856 — Terça-feira. - Saiu o primeiro n.º de "A Tesoura de Guimarães", periódico político, instrutivo e noticioso, sendo o seu principal redactor José Inácio de Abreu Vieira; foi impresso na tipografia de Francisco José Monteiro, na rua Caldeiroa, nº 32, sendo aí o escritório da redacção. Era bi-semanal - terças e sextas feiras. O nº 134, o 1º nº que se publicou em Janeiro em 1858, já foi impresso na Tipografia Vimaranense de "A Tesoura", rua Donães nº 13, sendo a redacção em casa do redactor, ao Arco de S. Francisco, porque aquela tipografia passou a imprimir o "Berço da Monarchia". A tipografia mudou para a casa nº 48 da rua Nova do Muro, onde já foi impresso o nº 207. Em 28 de Janeiro de 1859, como nº 241, no qual declarou interrupção no jornal, por a tipografia ter novo possuidor que a exigia forçosamente para cumprimento de contracto por ele feito.
1882 — À noite na rua de Trás-o-Muro, um dos candeeiros da iluminação da rua incendiou-se, comunicando o lume ao depósito do petróleo. O lampianista de serviço, querendo apagá-lo, pegou nele, o qual se achava descolado, e o petróleo derramou a arder pelas pernas do lampianista, que foi socorrido pelos vizinhos e levado para o hospital dos franciscanos.
1885 — É assinado o contrato para a construção do monumento a D. Afonso Henriques, na nota de José da Silva Basto Guimarães, entre a comissão promotora, o escultor portuense Soares dos Reis e o arquitecto José António Gaspar, por 7 contos de réis toda a obra.
1885 — A Câmara resolve que a escola industrial "Francisco de Holanda" funcione provisoriamente no palacete dos Laranjais até mandar fazer casa própria.
1906 — Chegou a formosa imagem da Virgem Imaculada para a Penha, da gare de caminho de ferro para a igreja de Nª Sª da Consolação; foi em andor processionalmente acompanhada pela irmandade da Penha, asilo, associações e muito povo.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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