Efemérides vimaranenses: 8 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1476 — Contrato feito nas casas de João do Vale Peixoto, escudeiro, na vila de Guimarães, por ele e sua mulher Isabel Peixota, e Álvaro Peixoto, escudeiro do Duque desta vila, filho do falecido Rui Vaz Peixoto, porque entre aqueles e este estava para haver preito e demanda com respeito à quinta do Outeiro Levado e pertenças, de S. Cristóvão de Selho, por causa de uma perfilhação que o possuidor dela fizera à dita Isabel, confirmada por El-rei, e o Álvaro também tinha uma doação que o mesmo rei fizera ao Rui seu pai da dita quinta e acessórios como coisa que pertencia à Coroa; fazem transacção amigável: o João e a Isabel cedem ao Álvaro todo o direito da dita quinta, com condição que o Álvaro lhes desse para eles e herdeiros o casal das Lamas em S. João de Gondar, pertença da dita quinta; o Álvaro aceitou e outorgou. Testemunhas Gonçalo Lourenço de Miranda, João Gonçalves mestre da gramática, vogado, e Afonso Gonçalves. Escrito por Luís Vaz, vassalo de El-rei aposentado, notário público e tabelião judicial na vila de Guimarães e seus termos pelo dito Duque.
1532 — Principia o Licenciado Agostinho Cerveira, nas suas pousadas, nesta vila onde viera por ordem de El-rei, a tirar devassa dos roubos que os franceses e vassalos de El-rei de França fizeram aos moradores desta vila de Guimarães e seu termo. Na Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento existe cópia manuscrita desta devassa, vinda do arquivo nacional.
1810 — Em vereação foi determinado que no dia de ontem 7 de corrente atendendo a várias queixas do povo que vários regatões e vendeiros estavam já comprando porcos para revender e outros para gastarem nas suas tabernas, por isso lhe foi apreendida aos abaixo assinados e se lhe arbitrou a taxa de 70 réis e se mandou vender nos açougues públicos desta vila, e sendo presentes os mesmos lhes foi declarado esta determinação e todos se conformaram com a taxa, de que dou fé e logo eles ministro, vereadores e procurador da câmara foi dito que não era preciso assinarem os mesmos, que é a mulher do Calças e o Calças de Traz do Mosteiro e um carpinteiro Manuel do Cano ao pé do Poço e dois na Cruz d'Argola.
1850 — Chegou escoltada por infantaria 8 uma leva de 9 ladrões, implicados na tentativa de roubo em casa de um brasileiro na freguesia de Sobradelo; vieram de Braga e traziam às costas os instrumentos do roubo; haviam de ser julgados aqui em Guimarães, por salteadores.
1864 — Na tarde deste dia, de regresso de Lisboa, o governador civil deste distrito visita Vizela, onde foi esperado pela Câmara e administrador do concelho de Guimarães, tocando uma banda de música e queimando-se foguetes durante a visita aos banhos e à povoação, e também visitou esta cidade de Guimarães, onde à chegada arderam duas girândolas de foguetes e à noite tocou uma banda de música à porta do Visconde de Pindela, no Carmo, onde ele se hospedou.
1884 — Em sessão da Junta Geral do distrito, tratando-se de uma reclamação da Junta de Paróquia de S. Paio de Vizela, o Conde de Margaride, procurador de Guimarães, emite ideias análogas e confecciona um parecer nesse sentido, o qual foi rejeitado pela maioria da comissão respectiva e a Junta nem sequer lhe concedeu, atropelando manifestamente a lei que ele fosse exarado na acta; travando-se por isso viva discussão entre alguns procuradores e o Conde que protestava pelos seus direitos e pelos interesses do distrito.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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