Efemérides vimaranenses: 6 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1531 — Em vereação «foi acordado que o quartilho de vinagre não passe de dois réis o bom e que não passa deles sob pena de duzentos réis para o concelho e cativos e cinquenta reis para o coimeiro e assim acordaram que as medideiras do sal façam medida de real e que vão ver a ponte de S. João o corta mar e que vão amanhã que é terça-feira e que o procurador do concelho faça de comer os oficiais e deram juramento a Manuel Coelho que sirva de almotacé e guarda-mor».
1645 — Gaspar Gonçalves, morador no lugar de Sande, comarca de Lamego, disse que fora citado por via da Misericórdia de Guimarães para o juízo das acções novas da Relação do Porto por 228$000 réis pertencentes à mesma por esmola que deles lhe fizeram João Fernandes mercador, já falecido, e a viúva de João Faria, e Paulo Rodrigues, curtidor, também já falecido, que todos nesta vila foram moradores, confessando as dívidas e pedindo misericórdia porque era muito pobre e tinha muitos filhos: A Misericórdia estando informada do que ele alegou, perdoou-lhe o que fosse mais de 130$000 réis; quantia esta que se obrigou a pagar.
1719 — Provisão, dirigida ao provedor, concedendo que pelos 3 mil cruzados de depósito das sisas perdidas, de que se tomou conta de 30 anos a este, se concertassem as calçadas das entradas e saídas da vila, e que esta despesas se fizesse à ordem dele provedor, que já em tempo do corregedor bacharel Francisco da Silva Coimbra El-rei mandara se reedificassem tirando-se o custo dos bens de raiz então não se fez apesar de serem autorizados cujo depósito se entregara por ordem régia ao patriarcal D. Tomás de Almeida que então era bispo do Porto.
1757 — O mestre pedreiro Francisco Soares, do lugar de Carvalho de Lobo, da freguesia de S. Romão de Arões, obriga-se por escritura à Misericórdia de Guimarães, na nota da mesma, fazer-lhe de pedra, por setenta mil réis, a sua capela de Santo André, em Bouças, freguesia de Golães, a qual já não existe desde 1813.
1823 — O Cabido recebe a notícia oficial da eleição do Sumo Pontifície Leão XII. Por tal motivo, na noite deste dia e nas dos 2 seguintes houve iluminação na torre e mais dependências da Colegiada. P. L. e F.
1843 — "Saiu desta vila o bispo de Cabo Verde, D. fr. Jerónimo do Barco, para a freguesia de Oliveira, para aí passar alguns dias e depois ir para o Porto. Saiu em um sege e mais o ex-capitão-mor Domingos Cardoso, de quem o bispo tinha sido hospede, até S. Lázaro, e acompanhado por os cónegos Pinheiro e Lobo, os quais iam em uma liteira, e vários eclesiásticos que tinham vindo das partes de Oliveira para o acompanhar. O bispo em todo o tempo que esteve nesta vila recebeu os maiores obséquios dos habitantes da mesma, pelos quais ele se achou bastante penhorado" P. L.
1856 — Portaria do Ministério das Obras Públicas ordenando ao governador civil de Braga, faça que as câmaras municipais por onde passa a parte da estrada do Porto a Guimarães, compreendida entre esta cidade e um ponto de Travagem, para que cada uma delas, na parte que lhe disser respeito, trate de prover à conservação da mencionada via pública.
1901 — Neste dia e no seguinte, às 11 horas da manhã, o pároco (D. Prior) da freguesia de Senhora da Oliveira, saiu com algumas irmandades da freguesia e bastante povo em procissão (que mais parecia procissão de aldeia, que da cidade) às igrejas de S. Paio, S. Sebastião e S. Francisco, para os fiéis alcançarem o júbilo ordinário do Ano Santo, que havia sido prorrogado. O Cabido não tomou parte.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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