Efemérides vimaranenses: 13 de Setembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1300 — Doação do padroado de S. Miguel de Cerzedo, e de casais em Riba Vizela e Guimarães, feita pelo prior e convento de Santa Cruz de Coimbra, em Caminha, ao arcebispo de Braga, D. Martinho, e sucessores.
1642 — Manuel Peixoto de Carvalho esteve na tomada de duas vilas na Galiza, neste dia, com 2 homens armados à sua custa, reuniu uma companhia da nobreza da vila, dispensou-a das rações, sem tomar para si e seus.
1719 — Ordem do Marques da Fronteira, conselheiro de estado e guerra, mandando ao Corregedor para que tire exacta devassa dos que passarem a moeda deste reino para o de Castela, ou para isso concorrerem, pronuncie e prenda os culpados, tomando as denuncias em segredo, sendo metade dos bens confiscados para o denunciante.
1838 — Decreto nomeando José Cândido de Sá Pereira, para professor proprietário da cadeira de latim desta vila. O mesmo, por decreto de 25 de Setembro de 1838 é nomeado para cadeira de latim de Barcelos e declarado sem efeito aquele decreto que o nomeou para Guimarães.
1847 — Neste dia e dois seguintes houveram Preces na Colegiada e igrejas dos conventos de freiras, por uma circular do arcebispo e outra do Papa, “pela qual exortava a todos os Fieis do orbe católico para que fizessem Preces a Deus Nosso Senhor para que afastasse da Irlanda o flagelo da peste, com que nestes últimos tempos tinha castigado aquele infeliz reino” PL.
1856 — Decreto do ministério dos negócios eclesiásticos e de justiça despachando o bacharel João Vasco Ferreira Leão, vimaranense, delegado para a ilha do Pico.
1875 — De tarde, depois de sermão, saiu em procissão de penitência pelas ruas da cidade a imagem do Bom Jesus, da Costa, que há dias estava na igreja de S. Francisco para se fazer Preces ad petendam pluviam.
1881 — O Pontífice Leão XIII, nesta data, responde ao protesto que a comissão do Monumento a Pio IX lhe enviara, agradecendo e dando a sua bênção papal.
1886 — Ao meio-dia falece no hospital da Misericórdia, em quarto particular onde foi entrado a expensas de caridosos amigos no dia 6 deste mês, o conselheiro José Cardoso Braga. Nascido no Porto, em 1809, filho de Manuel José Cardoso dos Santos e de D. Maria Rita Braga; cursando a Universidade de Coimbra, ai tomou o grau de bacharel. Foi secretario da administração geral de Évora, deputado duas vezes às cortes, governador civil dos distritos de Aveiro e Guarda, servindo este 3 vezes, e vogal da comissão da reforma das cadeias. Era agraciado com a carta de conselho, grau de cavaleiro da Conceição, comendador da mesma Ordem, da de Cristo e da de Isabel da Católica de Espanha. A sua carreira tão brilhante, teve grandes reveses, não se sabendo ao certo a causa mais que por conjecturas. Veio para esta cidade, ignorando-se também o motivo, onde residiu mais de 20 anos, ocupando-se em escrever para os jornais e vivendo do trabalho de algumas traduções e da caridade dos amigos, meio este porque no hospital esteve em quarto particular e teve um enterro decente. A bibliografia deste infeliz está bastante desenvolvida no “Religião e Pátria” bissemanário que então se publicara nesta cidade. O encarregado ou encarregados da escrita hospitalar (grande estúpido ou estúpidos) na papeleira do quarto puseram-lhe profissão “jornaleiro” em vez de jornalista, e no assento de óbito: “profissão mendigo, digo escritor público”, nada esclarece sobre a sua elevação. Ele andava com chapéu fino muito lustroso ou ensebado, bem como a sobrecasaca preta, que usava sempre, o que dava ocasião à gente baixa fazer-lhe alguma caçoada; pois ele só aceitava objectos de vestir, etc., sendo-lhe oferecidos por pessoas da alta sociedade, e recusava-os sendo por pessoas de classe media, negociantes, etc.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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