Efemérides vimaranenses: 7 de Fevereiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1810 — Provisão confirmando o estabelecimento de fábrica de couros a Pedro José Pereira, desta vila, podendo pôr as armas reais, e gozar os demais privilégios.

1831 — Na capela da Casa de Sezim, na freguesia de Santa Eulália de Nespereira, celebra-se o casamento de João de Melo Pereira Sampaio, corregedor de Valença, natural da freguesia de Nossa Senhora da Oliveira, filho legítimo de outro de igual nome e de D. Brízida Maria de Barbosa e Lima, com sua prima D. Ana Margarida de Freitas do Amaral e Melo, filha legítima de José de Freitas do Amaral e Melo e de D. Antónia Genoveva da Silva Souto e Freitas, natural a nubente da dita casa de Sezim. Foi celebrante o cónego Francisco Lobo de Melo Vilas Boas e testemunhas Damião Pereira da Silva de Sousa e Meneses, juiz de fora de Guimarães e João Luís da Silva Souto e Freitas, da cidade e do Porto. P. L. e abade de Tagilde.

1837 — "Na madrugada foram presos pela polícia desta vila nos arrabaldes da mesma alguns ladrões que vinham acossados de um grande roubo que fizeram na freguesia de Oliveira cometendo um assassínio. Foram apreendidos com algumas roupas e outros objectos roubados. Alguns dos ladrões que foram presos eram desta vila e os outros eram de diferentes partes." P. L.

1841 — Fez-se o apuro geral dos mais votados para vereadores da Câmara Municipal desta vila, saindo eleitos os indivíduos seguintes: Joaquim Cardoso de Meneses Portela, José Joaquim Vieira, João António de Oliveira Cardoso, José Pereira da Cunha Leite, António Ribeiro da Costa, João Baptista Leite de Lemos e Manuel Joaquim de Macedo. Ficou presidente João António de Oliveira Cardoso. P. L.

1848 — Portaria do Ministério do Reino para que o digno par Barão de Vila Pouca parta com a possível brevidade para Braga a fim de assumir o exercício das funções de Governador Civil, conforme a proposta aprovada na sessão de 3 deste mês da Câmara dos Pares.

1857 — De tarde, estando na Rua de Relho uma menina de 12 anos e ao lado de sua mãe sentada nas escadas do oratório trabalhando sua meia, de repente cai moribunda sendo daí a momentos cadáver, por efeito de um estilhaço que, de uma pedra que se andava quebrando a fogo na quinta de Vila flor, lhe veio dar no crânio.

1866 — A Câmara representa a El-rei, mande proceder ao estudo no caminho-de-ferro de Braga (em vez de seguir a directriz estudada pelo engenheiro Sousa Brandão) de directriz que vá entroncar no do Porto à Régua, cortando os concelhos de Penafiel, Lousada, Felgueiras, Guimarães e Braga.

1869 — Domingo Gordo. - Percorreu as ruas da cidade um bando de crianças mascaradas, acompanhando com tambores um carro embandeirado que conduzia uma outra criança, de 9 anos de idade, filho do negociante João António da Silva Areias, recitando com graça um a poesia, animando os seus colegas a brincarem tanto quanto lho permitia a idade. À noite, além do baile no teatro, houve um outro baile, ao ar livre, no Toural, que se converteu num improvisado salão; a novidade atraiu ali numerosa concorrência de espectadores e de máscaras, sendo estes tantos que nem espaço havia em que se pudesse dançar. Na terça-feira de Entrudo repetiram-se os bailes no teatro e no improvisado salão do Toural, desta vez mais bem disposto, o que deu lugar a que o baile ali se convertesse em delírio, dançando-se ininterruptamente até alta noite. No teatro houve sempre pouca animação. - Partidos de músicas.

1892 — Às 11 horas da manhã reuniu no edifício das aulas do seminário a classe académica desta cidade, a fim de resolver a reorganização dos estatutos do Clube que projectava fundar e pedir à Sociedade Martins Sarmento uma das salas para as suas sessões.

1899 — É intimado o despacho de pronúncia a António da Cunha Lourenço preso nas cadeias desta cidade, por ter furtado da colecção numismática da Sociedade Martins Sarmento muitas moedas de ouro, prata e cobre em a noite de 13 para 14 de Dezembro de 1898, sendo-lhe arbitrada a fiança em 4 contos de réis.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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