Efemérides vimaranenses: 3 de Fevereiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1548 — Falece no convento de S. Domingos de Aveiro frei Baltazar de Guimarães, que por ser pigmeu no corpo, era só conhecido por frei Baltazarinho, mas era gigante em todas as virtudes.
1680 — Por escritura pública, a Confraria de Nª Sª da Graça, cede as casas do antigo hospital ou Albergaria de S. Roque, com sua capela e hortas, na Rua Travessa das Oliveiras (Dominicas) para nelas viverem em clausura e professarem os três votos da sua religião, umas senhoras que já na mesma rua viviam na observância e regra de S. Domingos, em um recolhimento que nela havia em outras pequenas casas, e que fora fundado em 1630, por iniciativa de algumas pessoas piedosas, e nomeadamente do padre frei Sebastião, prior
1728 — Os carpinteiros António da Silva, de Fonte Cova e Domingos Ribeiro, da Boucinha, da freguesia de S. João de Ponte, por escritura na nota de Jerónimo Luís Machado, obrigam-se a fazer por 54$500 réis a obra de carpintaria do corpo da igreja de S. Lourenço de Sande, que tinham tratado com o juiz e eleitos da mesa.
1827 — Te Deum na Colegiada, pela restauração da legitimidade do Sr. D. Pedro IV. A Câmara mandou iluminar por 3 noites. P. L.
1835 — Neste dia há repiques em todas as torres da vila e foguetes e morteiros ao romper de alva e meio-dia, etc. De tarde, na basílica de S. Pedro, há sermão, Te Deum e procissão, a que assistiram as Autoridades, Cabido, Clero de todo o termo, Ordens 3ªs, as principais Irmandades da vila e muitas pessoas de todas as classes. Depois da procissão, às Trindades, saíram da casa da Câmara os retratos de S. M. a Sr.ª. D. Maria II e de seu marido e príncipe D. Augusto debaixo de um palio a cujas varas pegavam os camaristas, acompanhados de muitas pessoas com tochas acesas; indo atrás de tudo uma música a tocar o hino constitucional, uma guarda de honra composta de soldados do batalhão móvel e de polícias, este préstito saindo da casa da Câmara foi pela Rua de S. Dâmaso, terreiro de S. Francisco e Toural, dirigindo-se à casa do Toural onde estava aparelhada de antemão um simples, mas vistosa, iluminação, e sendo colocados em um trono os supraditos retratos, principiou nas salas da mesma casa a servir-se um bem guarnecido chá, para o qual foram convidados todos os cidadãos em geral; depois do chá, uma música tocou os hinos constitucionais até perto da meia-noite, havendo nos intervalos muitos foguetes e vários versos recitados das janelas da dita casa, em que até o padre Antunes, vigário velho de S. Sebastião recitou uma ode; e assim terminou o último dia das festas em Guimarães pela chegada do príncipe Augusto a Portugal. Os retratos foram conduzidos pelo Brigadeiro Mariano, o Barão de Vila Pouca, o Sub-Perfeito Manuel de Freitas Costa e o juiz de fora Joaquim Cardoso da Gama. P. L.
1857 — O deputado por Guimarães, José Fortunato Ferreira de Castro, apresenta na Câmara Electiva uma representação dos habitantes da freguesia de Pedome, pedindo a desanexação da mesma, que era do concelho de Famalicão, para o concelho de Guimarães. Era com esta a 7ª vez que faziam tal pedido.
1886 — Veio a Guimarães o Governador Civil deste distrito, o conselheiro Peito de Carvalho, enviado pelo Governo para conciliar os vimaranenses sobre a questão Bracaro-Vimarano. Chegou às Taipas à 1 e meia horas da tarde, onde foi esperado por muito povo das freguesias de Além Ave, Administrador e Câmara deste concelho, Comissão de Vigilância, Deputações das associações, Sociedade Martins Sarmento, etc., sendo-lhe aí feita grande manifestação. Seguiu para Guimarães acompanhado pelas mesmas entidades em 30 trens, tendo à chegada muito grande manifestação, hospedou-o o doutor médico Augusto Alfredo de Matos Chaves na sua casa, no terreiro do Carmo, onde às 8 horas da noite desfilou uma grande marcha flambeaux de 800 archotes e grande vivório, a qual parecia interminável, pois vinha pela Rua de Santa Maria, rodeava o terreiro do Carmo, ia pelas Trinas e logo abaixo metia pela viela do Pincalho (ora do Cantor), surgia à Rua de Santa Maria, repetindo o mesmo itinerário ou circuito. Retirou, sem nada poder conciliar, no dia seguinte 4, no comboio das 10 horas da manhã acompanhado por muitas pessoas até Vizela. -Vide Comª de Guimarães
1910 — Quarta-feira. - De regresso do Vidago, em automóvel, acompanhado por alguns funcionários que lhe eram dedicados, chegou às 6 horas da tarde a esta cidade onde se demorou só o preciso para receber os cumprimentos dos seus correligionários políticos, seguindo para o Porto, o conselheiro António Teixeira de Sousa (bô traste e bô pêssego), chefe do partido regenerador.
1910 — A Tuna Académica de Coimbra visitou esta cidade, sendo bem recebida; à noite deu espectáculo no teatro de D. Afonso Henriques. P. L.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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