Efemérides vimaranenses: 10 de Outubro

D. Frei Bartolomeu dos Mártires

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1422 — Carta do 9º Conde de Barcelos, nomeando Almoxarife e Juiz dos direitos reais em Guimarães e seu termo a João Esteves, irmão do doutor Pedro Esteves Cogominho.

1525 — É confirmado D. Prior de Guimarães D. Diogo Dias, capelão do duque de Bragança é por este apresentado. Em 27 de Outubro de 1526 já era falecido.

1579 — Neste dia e em alguns seguintes o Arcebispo D. fr. Bartolomeu dos Mártires fez visitação à igreja de S. Paio de Guimarães e, na respectiva carta, entre outras coisas, manda ao cura notifique os oficiais do hospital de S. Domingos (Senhora da Graça e S. Roque) que até ao Natal pusessem 4 cobertas para as camas e mandassem fazer um campanário e nele pusessem uma campainha da parte de fora para se tanger a Deus quando se dissesse missa no dito hospital.

1600 — O imaginário e mestre de pedraria, Gonçalo Lopes, morador nesta vila, obriga-se na nota de Jerónimo de Barros, a executar diversas obras da igreja da Misericórdia.

1607 — O samblador Jerónimo Fernandes toma à Câmara, por arrematação, pela quantia de dez mil setecentos e oitenta réis, a obra do retábulo da Capela de S. Lázaro, que havia de ter 15 palmos de alto, com suas colunas, bancos, painéis e tudo mais que era costume de um retábulo, e com o forro do altar que se havia fazer de novo por cima e com sua porta, cuja obra começaria a 10 de Novembro e acabaria por todo o mês de Janeiro de 1608.

1677 — O vimaranense João de Salcedo e Silva escreve do Porto de Santa Maria ao cabido e confrades de Nossa Senhora da Oliveira, enviando-lhes, por intermédio do padre Jerónimo Fernandes Vaz seu primo, 16 voltas de cadeia de filigrana de ouro com 2 passadores, tendo o peso de 2 marcos e 6 oitavos (é o que chamam meada de N. Sra. da Oliveira), e uma cruz no centro e mais 66 em redor (que faz parte do peitilho da mesma Senhora), cuja oferta fazia a Nossa Senhora da Oliveira, não só por ter recebido o baptismo na sua igreja, mas pela protecção que lhe dispensou sempre, pois, deixando em criança a sua terra, fizera-se peregrino em as alheias, inclinando-se mais aos bulícios da guerras que aos estudos de Coimbra, em navegações e campanhas onde sofrera menos, não só pelas suas obras, arranjando postos militares e recebido honras pelos soberanos, a quem sempre servira, mas pela protecção da sua Padroeira, a quem nunca esquecera, esperando ainda fazer-lhe ofertas maiores. A citada carta existe no arquivo da Colegiada. Por esta notícia esclareço a origem dos 2 objectos doados, que têm algumas falsas legendas.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.