Efemérides vimaranenses: 10 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1666 — O administrador dos tabacos e solimão em Guimarães, Domingos da Cunha, nomeia estanqueiro dos mesmos João Lopes Cardoso, morador na Praça desta vila.
1711 — Carta régia a favor de David de Castro Salgado, que apresentou a carta porque tendo Mariana de Castro, autorizada por seu marido João Rebelo de Andrade morador em S. Faustino de Vizela apresentado uma carta de 15 de Julho de 1702 e um alvará de 16 de Maio de 1645 na qual tendo respeito aos serviços de Gaspar Mendes da Guerra moço da real câmara e filho de Simão Gonçalves, feitos nas Armadas e Fortalezas e Fronteiras da Índia por espaço de 12 anos continuados até o de 1629 e nas ocasiões de peleja que se lhe ofereceram por mar e por terra proceder com satisfação e o mais que por sua parte se representou em respeito das benfeitorias que tinha obrado em aumento dos bens da capela de Santa Margarida, de Guimarães, de cuja administração sua mulher Jerónima de Castro era provida por alvará passado em Outubro de 625 por andar havia anos na geração de seus antecedentes pelos quais respeitos depois foi despachado Gaspar Mendes por carta de 11 de Dezembro de 636 com a sucessão da dita capela por seu falecimento para um filho, de que não tirou carta; lhe faz mercê da dita capela para que por seu falecimento lhe suceda nela o filho que ele nomear como lhe estava concedido pela dita carta de 11 de Dezembro de 1636 fazendo-lhe mais mercê para uma neta da mesma administradora, sendo os ditos seu filho e neta também Jerónima de Castro sua mulher, os quais seriam obrigados a cumprir os encargos e fazer a despesa que ela fizesse pela alma do instituidor da capela etc., fazer tombo, etc.; e por o dito David ser filho legítimo de Amaro Fernandes e de Catarina da Guerra, neto materno de Gaspar Mendes da Guerra e Jerónima de Castro, dos quais também era filha Mariana de Castro que morreu sem filhos e sem descendentes, faz mercê da administração da dita capela ao mesmo David, com as condições dos administradores antecedentes. - Chancelaria de D. João V, Lº 38, fl. 36 -
1753 — Alvará nomeando Superintendente dos tabacos no Minho ao bacharel Manuel Tavares Falcão por 4 anos, que serviu ultimamente de juiz de fora de S. Vicente da Beira.
1803 — Ordem régia com as instruções para o plantio de arvoredo, conforme o alvará de 6 de Janeiro de 1802.
1844 — Morreu nesta vila Fr. Manuel Luís (da Conceição), egresso franciscano, comissário da Terra Santa até 1834 e ultimamente nomeado pela Rainha tesoureiro-mor da Colegiada desta vila, pouco tempo antes do seu falecimento. Foi depositado e sepultado no dia 13 na igreja de S. Francisco. O seu enterro foi feito pela Ordem 3ª de S. Francisco, a quem ele tinha deixado 300$000 réis para o mesmo fim, além de uma grande soma que tinha dado em vida para as obras do hospital da Ordem 3ª de S. Francisco. Antes de ser comissário da Terra Santa tinha sido mestre de retórica no convento de S. Francisco desta vila. No testamento com que faleceu deixou por herdeiros Bento Cardoso e António Cardoso. Tinha uma sobrinha (dizia-se filha, D. Angélica Rosa Monteiro de Carvalho) casada com João António de Oliveira Cardoso. P.L. e F.
1848 — "Houve festa na capela dos Terceiros Dominicos desta vila em consequência de se colocar naquela capela a Confraria do Coração de Maria, para o que tinha concorrido muito o Luís Martins da Costa e D. Maria Teresa Branco. A Senhora foi colocada no 1.º altar do lado do evangelho, defronte da Snrª das Dores, e houve missa cantada solene ("apesar de ser uma Dominga do Advento!!!") e de tarde sermão pregado por um dos missionários, que então ainda aqui se achavam sendo a concorrência bastante ao sermão não cabendo o povo na igreja. A imagem não era a mesma da Senhora que havia de ficar, porque esta a tinham mandar fazer ao Porto; porém tanta era a pressa, que tinham em instalar esta confraria, que se serviram doutra imagem!!!" P.L.
1885 — A corporação dos Bombeiros Voluntários oferece ao nosso deputado João Franco F. P. Castelo Branco o diploma de sócio. O mesmo Senhor parte no comboio das duas horas da tarde para Lisboa, sendo acompanhados por muitos cavalheiros até Vizela e por alguns até ao Porto.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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