Efemérides vimaranenses: 6 de Dezembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1604 — As freiras de Santa Clara fazem procuração para tratar de receber a legítima e herança que pertencia à soror Mariana da Misericórdia pelo falecimento de seus avós Martins Lopes e Genebra de Mendonça, moradores que foram na rua do Sol, de Lisboa.
1609 — Principiaram a ser reformados os Estatutos da nossa Misericórdia, por uma comissão de irmãos para isso nomeada em 28 de Novembro último. Até esta data regeu-se pelo primitivo e seguinte compromissos (a este faltam a folha) da Misericórdia de Lisboa, que ainda hoje conserva no seu arquivo.
1800 — Provisão limitando as providências de saúde para os que vêm de Espanha só à fronteira.
1808 — Em consulta da Junta da Directoria Geral dos Estudos de 11 de Novembro de 1808 foi indeferida por aviso régio de 21 de Novembro de 1808 a representação da Câmara, nobreza e povo de Guimarães pedindo a criação de uma cadeira de filosofia racional e moral, e deferiu na parte em que pedia o restabelecimento da de retórica e por Provisão régia deste dia 6 de Dezembro de 1808 foi nomeado professor proprietário desta cadeira de retórica e poética o padre frei António Pacheco mestre de teologia e religioso de S. Domingos de Guimarães, com o ordenado de 280$000 réis anuais pago aos quartéis pelo cofre do subsídio literário, e condição de dar aula fora do seu convento.
1811 — Posse da escola de primeiras letras em S. Cláudio de Barco, vaga por óbito de Manuel José, dada em acto de câmara a José Álvares Guimarães, que havia sido nomeado por provisão passada pela Real Junta da Directoria Geral dos Estudos de Coimbra a 8 de Novembro deste ano de 1811.
1830 — Alvará do Presidente da Alçada do Porto citando, por éditos de 2 meses, 114 réus, entre os quais, João José Nogueira (Molarinho), ourives, desta vila e Manuel de Carvalho, tenente do extinto regimento de infantaria nº 21, a comparecerem para se livrarem das culpas e crimes porque estavam pronunciados em devassas de rebelião.
1839 — Antes da meia noite, por arrombamento de uma janela, na rua do Anjo, na casa em que morava Ventura de Sousa, marchante, roubaram-lhe 4 cordões de ouro, 1 laço de diamantes de ouro, dois pares de brincos de diamantes e ouro, 1 pente de pedras, 4 anéis de prata e dinheiro, tudo no valor de 800$000 réis, por Manuel Ferreira Fandango seu criado, Francisco José da Cunha vendeiro, da rua do Arco, Francisco dos Leites, de Fafe, e José de Sousa, soldado do batalhão de infantaria 18 aqui estacionado. - O Fandango foi em 12-4-1842 condenado em 5 anos de degredo para a Ilha de Santo Antão, em Cabo Verde. Juiz Dr. João António de Oliveira Cardoso.
1846 — "Houve nesta vila a função de S. Nicolau, conforme o antiquíssimo costume, havendo sossego em todo o dia, apesar de se esperar o Barão do Casal com a força de tropa de linha que tinha em Traz os Montes e que tinha chegado no dia antecedente a Amarante (Este general e a sua tropa era a favor da Rainha e do seu Governo de Lisboa) e estarem em ordem de marcha os voluntários de El Rei". P.L.
1864 — O festejo dos estudantes foi a 29-XI pinheiro; a 30 música da cidade pelas ruas e a 3-4 e 5; a 5 bando, a 6 festa da irmandade na igreja, maçãs com música e de tarde 2 bailes de máscaras vestidos a carácter.
1865 — Festejo dos estudantes: o costume; bando feito pelo José "Fatinho" e recitado por Caldas Júnior.
1877 — Não houve festejos ao "S. Nicolau" pelos estudantes.
1882 — Os festejos escolásticos ontem e hoje, limitaram-se ao Bando e à distribuição das maçãs, e ao magusto.
1883 — Os festejos escolásticos ontem e hoje, limitaram-se ao Bando e à distribuição das maçãs, e ao magusto.
1884 — Os festejos escolásticos ontem e hoje, nestes 2 anos, limitaram-se ao Bando e à distribuição das maçãs, e ao magusto. Em 1884 foram pobríssimos.
1915 — Houve festas Nicolinas sem danças. Em 1914 houve Pinheiro e Bando.
1916 — Nada houve de festas nicolinas.
1921 — Houve festas Nicolinas completas. Em 1907 idem.
1924 — Houve festas Nicolinas. Em 1925 houve festas Nicolinas.
1926 — Houve festas, música foi só na entrada do pinheiro, não houve danças.
1927 — Houve festas completas. Idem em 1910 todas republicanadas.
1928 — Idem, mas as danças não foram em público, mas sim em teatros, para haver receitas.
1929 — Houve festas fracas e sem danças.
1930 — Houve festas escolásticas completas com danças.
1931 — Idem, as danças no teatro Gil Vicente.
1933 — Entrada do pinheiro, magusto, bando e maçãs: tudo pobre.
1933 — Idem, menos as danças; o bando da autoria de Delfim Guimarães recitado por António de Melo Coutinho.
1938 — Idem, não houve danças, bando feito por Delfim Guimarães.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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