Efemérides vimaranenses: 23 de Julho

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1499 — A Câmara obteve de El-rei D. Manuel, em Lisboa, sentença favorável contra o alcaide-mor de Guimarães.

1585 — Contrato celebrado entre António Dias Novais, João Vaz e Amador de Freitas, instituidores da nova Confraria de Nossa Senhora da Oliveira e os padres da Curaria, obrigando-se aqueles a admitir por confrades gratuitos aos ditos padres e estes a servirem de diácono e subdiácono nas missas de Nossa Senhora que todos os sábados, por igual contrato, os cónegos lhe cantavam, e a conduzirem a charola em que a mesma imagem ia em procissão no dia 15 de Agosto de cada ano.

1599 — É promovido a bispo de Viseu D. João de Bragança, D. Prior de Guimarães.

1678 — Lei proibindo trazer facas de ponta, é datada deste dia. Está registrada na Câmara.

1706 — Alvará concedendo a propriedade do ofício de escrivão das coudelarias da comarca de Guimarães, a Maria da Conceição, para seu dote, cujo ofício servira 65 anos o seu falecido pai André Ferreira e por os muitos achaques que este padecia foi nomeado seu filho, irmão dela, João Ferreira que serviu 15 anos e porque faleceu, ela estava órfã e pobre com sua mãe, esta entrevada.

1713 — Povisão do arcebispo D. Rodrigo de Moura Telles concedendo licença para que na capela oratório que havia defronte da cadeia da correição se dissesse missa aos presos.

1734 — Breve concedendo às freiras de Santa Clara, que eram sessenta e tantas, poderem ter mais 7 criadas além das 11 que já tinham para o serviço da comunidade, as quais andariam com vestidos honestos e seriam honradas e virtuosas. O Breve foi cometido ao ordinário de Braga, e estando sé vaga, o sentenciou o provisor, juiz apostólico, em 25 de Abril de 1735, concedendo a licença só para 4 e não para 7, que reservou para si e seus sucessores a obrigação de qualidade das moças na aceitação das criadas.

1735 — Alvará ordenando ao corregedor para que não obrigue o criado dos religiosos do hospício da Penha a ser soldado e o solte, porque era o único servente que tinham para a horta, peditório e sacristia, conforme alegaram em sua representação.

1933 — Festa dos motoristas, na Penha, a S. Cristóvão e 4.ª corrida da rampa.

1935 — De madrugada evadiram-se da cadeia Ernesto Pereira "O Pedras" e João Francisco Inocêncio; estavam condenados a 8 anos de prisão maior celular, seguidos de 12 de degredo, ou na alternativa de 25 de degredo, por moeda falsa; julgados na semana de 15 a 21-VII.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.