Efemérides vimaranenses: 16 de Julho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1596 — Tendo o pontífice Clemente VIII determinado que a igreja de Santa Cristina de Arões ficasse pensionada em 40$000 réis anuais para o Convento de Santa Clara, de Guimarães pagos em duas prestações, uma no S. João e outra no Natal, foi a respectiva bula executada pelo juiz delegado apostólico António Lopes, chantre de Braga, por sentença de 12 de Julho de 1596 e intimada ao abade da referida freguesia, Gonçalo Jorge, no dia 16 do mesmo mês estando ele nas casas da morada de Francisco Gonçalves, abade de Penselo.
1621 — Fernão Gonçalves da Maia, morador nesta vila, dá fiança ao cargo de carcereiro do Castelo para que estava eleito pela Câmara.
1632 — Os frades de S. Francisco, por escritura na nota de J. Bertholes, dão licença Ctarina da Guerra para edificar capela na parte e sítio onde estava o altar das Chagas junto ao botaréu que estava junto ao altar de Nossa Senhora do Ó, tirando do dito lugar o altar das Chagas, cuja capela mandou em testamento seu irmão, o licenciado António Jorge da Guerra se fizesse na igreja deste convento, a qual ela Catarina fazia de pedraria do modelo da dos Mártires ou da dos Melos, salvo que o fecho seria da feição da dos Melos, com cruz de pedra e as armas dos Guerras com o letreiro conteúdo no testamento, e retábulo da Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo, com missa diária. Os frades receberam como esmola 40$000 réis, por o sítio. Por escritura de 7 de Agosto de 1632, Domingos Coelho, mestre de pedraria, da Rua da Caldeiroa, obrigou-se a fazer a dita capela e a dita Catarina de Guerra, viúva de João de Arosa Pinto, a dar-lhe por a obra 130$000 réis
1714 — Alvará régio, concedendo ao Cabido a nomeação de tabelião privativo para escrever todos os contratos tocantes à Colegiada, o qual seria igualado na distribuição com os demais de Guimarães.
1799 — Deu entrada pela primeira vez no cofre de capital da Misericórdia o papel moeda, apólices, que foi entregue por frei João dos Santos, carmelita descalço do Convento de Viana, como representante de D. Rosa Bezerra de Abreu e Lima e marido, João de Abreu, da vila de Viana, em pagamento de uma dívida.
1814 — A Câmara põe a lanços o acréscimo da obra do muro da parede da Azenha, além da já arrematada, para condução da água da vila, e faz entrega da dita obra a Manuel Luís, agueiro da mesma vila, por 24$000 réis.
1847 — Foi o último dia de preces ad petendam pluviam na Colegiada e mais igrejas da vila, "pois tinha havido um intensíssimo calor e uma grande seca, não tendo nascido os restivos nas terras secas". PL
1863 — Inauguração solene do Asilo de Santa Estefânia, de infância desvalida. Ao romper da manhã percorreu as ruas da cidade uma banda de música; o edifício estava singela e elegantemente decorado, interna e externamente; a fronteira que deita para a Rua de Santa Maria estava guarnecida de bandeiras e as janelas de cobertores, e no portão do edifício um arco de flores. Às 9 horas saíram da casa de Vila Pouca em direcção ao Asilo sei meninos que haviam sido li vestidos a expensas do Conde do mesmo título, acompanhados pelo dito conde presidente da comissão fundadora, e pelo meu professor de instrução primária, Francisco António de Almeida, secretário da mesma comissão (e primeiro e principal iniciador do Asilo), seguia-os a música e um imenso concurso de povo de todas as classes.
1877 — Realizou-se na capela do palácio dos Condes de Murça, aos Marianos, em Lisboa, o casamento de Bernardo Pinheiro de Melo, filho do Visconde de Pindela, com D. Maria José de Melo, filha dos ditos condes.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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