Efemérides vimaranenses: 4 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1645 — Nasce o vimaranense frei Pedro dos Mártires, D. Abade Geral da Ordem Beneditina, escritor primoroso e admirável na aritmética e na gramática.
1680 — Provisão de D. Pedro II, dirigida ao corregedor desta comarca, relativa à venda de géneros, especialmente de vinhos, nas feiras de Santo Amaro, a fim de evitar os distúrbios entre os vendedores, cujas feiras já existiam em 1651, como do livro de registo da sé de Braga se vê, de um requerimento do vigário de Mascotelos pedindo licença para benzer a capela de Santo amaro que havia sido reconstruída. Pela dita provisão se vê que Dionísio do Amaral, morgado de Sezim, e António do Amaral, havendo-se tomado de razões, foram obrigados a assinarem termo perante o corregedor, na qual se obrigaram a " não fazerem desavenças" na venda do vinho por ocasião da feira que todos os meses se fazia junto à ermida de Santo Amaro.
1734 — André Pinto Barbosa, mestre de campo, deixou em testamento:" Mando que dos bens, que por minha morte se acharem, se tirem mil cruzados para uma missa quotidiana, para sempre, por minha alma, a qual se dirá na igreja de Nossa Senhora da Oliveira da vila de Guimarães, querendo-a os padres da dita igreja aceitar, quando não em qualquer outra freguesia ou convento da dita vila e à freguesia ou convento que aceitar a dita missa se entregarão os ditos mil cruzados com obrigação de dizerem a dita missa quotidiana pela minha alma e de todos meus parentes." Neste dia 4, vendo o tesoureiro-mor da Real Colegiada, António Pinto Barbosa, seu filho, que era passado muito tempo depois da morte de seu pai, sem se cumprir pelos testamenteiros, os quais já estavam mortos, e por naquele tempo não chegarem os ditos mil cruzados à dita missa quotidiana, mas só para duas semanais, se reduziria a dita missa por Breve apostólico a duas semanais e contratou com a curaria dar-lhe 600$000 réis para dizer as duas.
1739 — A soror madre abadessa do Convento de Santa Clara, D. Josefa de Jesus Maria, e suas religiosas contratam com António Luís, pintor, morador na Rua de Santa Luzia e Luís Lopes Pimenta, morador na Rua do Guardal, na nota do tabelião Manuel Pereira da Silva, a pintar e dourarem-lhe por 220$000 réis dois altares colaterais da sua igreja, seus acréscimos e imagens dos mesmos, NossaS enhora e S. João Baptista, bem como a última peanha da tribuna do altar-mor.
1808 — Em vereação: "Acordaram em declaração ao acórdão da Câmara pelo reverendo cónego cura da Colegiada uma sentença em que se determinou que pelo seu trabalho de benzer os ditos pães se conservasse na posse de se lhe mandar anualmente um açafate ou bandeja deles com sua rosca. Acordaram que em execução da dita sentença se lhe continuasse a mesma posse, sendo por isso ele o único a quem se devem mandar os referidos pães bentos, além das comunidades, na forma que se determinou no acórdão da Câmara passada."
1826 — Indo desta vila para a sua Quinta de Minotes, Francisco Martins, foi assaltado por um grande e forte ataque de apoplexia, o qual lhe tirou todos os sentidos e deu a morte à meia-noite do mesmo dia. No dia seguinte à noite veio em umas andas, trazendo grande acompanhamento de padres a cavalo e homens com archotes e foi depositado e enterrado com grande pompa na igreja de S. Domingos. Tinha vindo da Baia "e era certamente o capitalista mais rico das províncias". No seu falecimento faziam-lhe 5 a 6 milhões. PL.
1865 — Domingo do Espírito Santo. - Os dominicos, por terem completado a fachada do hospital, iluminaram-na e a do jardim e este, tocando nele, das 5 horas da tarde à meia noite e na tarde do dia seguinte, a música da cidade.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
Mais efemérides deste dia: ler
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home