Efemérides vimaranenses: 3 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1369 — Foi confirmado, eclesiasticamente, Pedro Pires apresentado na igreja de Santa Maria de Souto.
1371 — Paga de Lourenço Martins, mercador e morador em Rua de Gatos, de 30 libras que emprestara, sendo procurador do concelho Fernão Anes de Sendim, para o "Concelho para as campanhas do dito que foram a Galiza a serviço de El-rei". -
1517 — O Duque de Guimarães escreve de Vila Viçosa, a António Carneiro, conselheiro e secretário de El-rei, o seguinte: "os dias passados vieram por aqui os procuradores de Guimarães, que iam requerer a sua alteza as sisas, e entre os apontamentos que traziam era um que, depois de terem tomadas as sisas, sua alteza não pudesse dar privilégio a ninguém de a não pagar, e por isso requeri a sua alteza, antes que mais fosse adiante, este negócio que me isentasse deste decreto real, como sou isento de todos os outros e como são os mais dos homens de Portugal, pois mais deles têm o hábito; peço-vos por mercê que torneis a falar nisso a sua alteza me queira acabar de fazer esta mercê e não queira que novamente comece a ser tributário pois, de razão, o não devo de ser."
1585 — O Cabido dá 10$000 réis à Confraria de Nossa Senhora da Oliveira, novamente ordenada, pela entrada de todos os cónegos para confrades.
1649 — Falece, em Madrid, Manuel de Faria e Sousa, natural de Vizela, um dos escritores portugueses mais fecundos, o qual deixou, além de outras obras, a Europa, a Ásia e a África Portuguesas, em 7 volumes in fólio, os Comentários a Camões, em 5 tomos e o Epítome das histórias portuguesas.
1671 — A Câmara condenou o juiz da freguesia de Corvite em 2$000 réis por faltar à sua cancela na tapagem dos touros em dia de Corpus Christi.
1700 — O Arcebispo D. João de Sousa representou a El-rei que ordenasse à Câmara que o recebesse na sua entrada solene em corpo de Câmara. A representação tem a data de 23 de Abril de 1700. A provisão de 13 de Maio de 1700 mandou ao corregedor informar ouvindo a Câmara. Esta em 3 de Junho de 1700 informou que era contra a jurisdição real e posse da vila e narrou o passado com D. Veríssimo d' Alencastre, e mesmo com D. Luís de Sousa, que não contrariaram esta. El-rei resolveu haver por escuso a representação do Arcebispo pelo Desembargo do Paço, não se cita a data desta, mas a nota posta diz e termina assim: " E sendo isto tão legalmente averiguado e decidido lhe ficara servindo de exemplo e a seus sucessores não tornarão a intentar semelhante, pois todo o desengano serve de melhor quietação."
1767 — Doutorou-se, in utroque jure, na Universidade de Coimbra, António de Lima, filho de Paulo de Lima, natural de Santo Tirso (de Prazins) do termo de Guimarães (cartas aparecidas entre os papéis do Convento de Santa Clara de Guimarães).
1840 — Chegou a esta vila a notícia de ter sido nomeado, por S. M. a rainha, chantre da Colegiada o cónego João Baptista Sampaio. Esta nomeação foi escandalosa, não só por ainda não terem sido restituídos alguns cónegos que tinham sido suspensos, mas também pelas péssimas qualidades do agraciado. PL.
1879 — Foi concedida a exoneração, a seu pedido, do cargo de Governador Civil do Porto ao 1.º Conde de Margaride, e nomeado Governador Civil de Braga o Visconde de Pindela, ambos vimaranenses.
1902 — A Condessa de Vila Pouca, viúva, a irmã Violante de Barros e o sobrinho dr. Pedro de Barros Rodrigues e mulher arrendaram parte do Campo da Barroca ou do Galego, por 30 anos, pela renda de 15$000 reis cada ano, a Johu Aloysins O'Longhlin, casado, proprietário, residente em Manchester, Inglaterra, para fábrica da Luz Eléctrica.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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