Efemérides vimaranenses: 2 de Junho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1393 — Sentença de desagravo, dada por El-rei D. João I, em Lisboa, aliviando o procurador do conselho de Guimarães, Afonso Anes, de pagar a sisa de 4 bois que os juízes e vereadores mandaram comprar na feira de Lanhoso e se talharam com os carniceiros da vila, vendendo a carne, sebo e couros. A demanda fora posta pelo siseiro, Luís Giraldo, contra o procurador e concelho. - Pergaminho nº 40 da Câmara da Câmara Municipal.
1602 — Salvador Pinto de Mariz fidalgo de linha e sua mulher Beatriz Machada Maia, moradores nesta vila, instituem capela no mosteiro de S. Francisco onde tinham mandado fazê-la no cruzeiro da igreja, do lado da epístola, de S. João Evangelista, em retábulo de muito custo com a imagem de Santa Anastácia e a Santíssima Trindade e S. João Evangelista pintados, e vincularam a esta sua capela 20$000 réis de juro no assentamento da executória desta, para a fábrica e legados de missas e outros.
1630 — Morre em Lisboa, onde era arcebispo, D. Afonso Furtado de Mendonça, governador do reino, que fora reitor da Universidade de Coimbra, conselheiro de estado no conselho de Portugal, presidente da Mesa da Consciência e Ordens, bispo da Guarda e de Coimbra, arcebispo de Braga e Chantre de Guimarães. Na "série cronológica dos prelados da igreja de Braga" menciona-se este arcebispo como possuidor de todas as ditas dignidades, excepto da de chantre de Guimarães; esta omissão seria por ignorância do autor ou por se tratar de Guimarães ?
1834 — Mandando o governador militar desta vila, o Barão de Vila Pouca, reunir o batalhão fixo da mesma e querendo em vista das reais ordens passar os soldados solteiros para o móvel, estes principiaram a fazer um grande rumor, fazendo fugir o supradito Barão, chegando a haver gritos de morra contra ele. De tarde tornou a formar o batalhão, porém o Barão não pode conseguir mais do que deporem alguns as armas. À noite quebraram-lhe as vidraças.
1843 — A mesa e definitório da Ordem Terceira de S. Domingos, tendo dificuldade, por falta de meios, de continuar a obra de pedraria da sacristia, casa do despacho e traseira do hospital, aceitam 451$530 réis, quantia para a dita obra, que lhe emprestaram sem juro, a saber: o beneficiado José do Sacramento Silva 143$540, o padre frei Custódio Ribeiro igual quantia e José Gomes Fernandes Baptista 164$450 reéis.
1880 — De madrugada partiu para o Porto o destacamento 10 de infantaria, que fazia a guarnição da cidade desde 2 de Março; foi rendido por outro destacamento de igual força do 9 de caçadores do Porto.
1882 — Lei concedendo à Companhia do Caminho-de-ferro de Guimarães a isenção de direitos da alfândega para o material da construção, além da isenção de diversas contribuições durante anos, sem lhe impor em troca o mínimo encargo.
1892 — Decreto autorizando a Ordem Terceira de S. Francisco a levantar dos seus fundos, a 5 por cento de juro, 3:500$000 réis amortizáveis pelo produto das jóias dos irmãos que fossem entrando e destinando-se esta quantia a completar a de 5:500$000 réis pelo decreto de 10 de Junho de 1890 foi autorizada a aplicar à construção de aulas no edifício do extinto convento de S. Francisco.
1912 — Inauguração do Presepe das Capuchas, Jesus nascido, Maria e José, na igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos. Foi orador o padre Gaspar da Costa Roriz; as imagens foram colocadas definitivamente no altar superior do lado da epístola.A ntes do sermão, a esposa do sr. Margaride descerrou as 3 imagens.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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