Efemérides: 2 de Junho

Monumento ao gravador Molarinho.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1747 — Neste dia deliberou a Confraria do Santíssimo Sacramento, da Real Colegiada, que o fogo de artifício que, hoje à noite, tinha de ser queimado na Praça de Nossa Senhora da Oliveira, por ser véspera do domingo da sua festa, se queimasse no terreiro fronteiro à casa do Arcebispo D. José de Bragança, para que a alegria de Guimarães fosse completa nesta noite, tendo a honra da presença do régio primaz, o qual lhe remuneraria com insinuações de agrado o primor da atenção. - "Guimarães Agradecido".

1847 — À noite andaram os patuleias desta vila com cantarolas pelas ruas, em consequência de terem os ingleses aprisionado, fora da barra do Porto, o Conde das Antas e mais uma expedição que ia para Lisboa. Só houve cantarolas. PL

1879 — A Associação Artística reuniu em assembleia geral, a requerimento de dez sócios, e votou por unanimidade que a assembleia, lamentando o modo apaixonado e irritante com que a mesa da Ordem Terceira de S. Domingos tratava de perseguir aqueles dez artistas seus sócios que, por um generoso impulso de dedicação fraternal, e circunscritos aos meios da mais conciliadora prudência quiseram prestar, como prestaram, o preito da última homenagem ao cadáver do seu filho falecido, confrade Francisco Ribeiro Dias, "O 9 Horas", resolvia tomar como feitas a si, aquelas acusações e perseguições, prestar aos sócios acusados toda a protecção e auxílio de que eles careçam e tomar a seu cargo toda a despesa que fosse necessário fazer-se no prosseguimento desta questão.

1879 — Foi benzido o Senhor dos Desamparados, do oratório da Rua Nova do Muro, pelo padre Custódio José Pinto Veiga.

1882 — Lei concedendo à Companhia do Caminho-de-Ferro de Guimarães a isenção de direitos da alfândega para o material da construção, além da isenção de diversas contribuições durante anos, sem lhe impor em troca o mínimo encargo.

1898 — Decreto autorizando a Companhia do Caminho-de-Ferro de Guimarães a construir e explorar o prolongamento de um caminho-de-ferro de via reduzida em leito próprio de tracção a vapor para transporte de passageiros e mercadorias entre Guimarães e Fafe, sem garantia de juros ou subsídios ou outro encargo de qualquer natureza para o Estado.

1935 — Inauguração do busto do gravador Molarinho. (Diz o povo que o monumento é um tronco).

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.