Efemérides vimaranenses: 8 de Abril
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1628 — A Câmara entrega a Jerónimo Salgado de Faria, Diogo de Miranda de Azevedo e André Afonso Peixoto, capitães de infantaria, 3 bandeiras novas, feitas por António Fernandes de Oliveira a 20$000 réis cada uma com seus tambores, que eles receberam e fizeram termo de as não emprestarem e mais lhes entregaram mais 2 tambores a cada um e sua pique. NB : As bandeiras custaram 20 mil réis cada uma com seus tambores.
1686 — Celebra-se a primeira missa na capela-mor da igreja de S. José do Carmo, apesar o atraso da obra da construção na mesma igreja.
1693 — Alexandre do Vale Peixoto e sua mulher Paula dos Guimarães Ferraz, moradores na sua Quinta do Carvalho de Arca, freguesia de Polvoreira, por escritura na nota do tabelião Nicolau de Abreu, obrigam, para a capela de Nossa Senhora da Anunciação, que na dita quinta tinham mandado edificar, as herdades da Ribeira, pegadas a Santo António, na freguesia do Salvador de Pinheiro.
1718 — O provincial da Ordem Dominicana, frei Manuel de S. José, escreveu ao Cabido, em resposta à representação que lhe fez, sobre a ofensa que recebeu do padre frei Luís de S. Francisco, dizendo que dá a este padre o maior castigo que pode, qual é o desterrá-lo do Convento de Guimarães para o de Elvas.
1756 — Nesta data foram assinados por 33 eclesiásticos, cónegos e beneficiários da Colegiada e mais sacerdotes da vila, entre os quais o prior do Convento de S. Domingos e como juiz perpétuo o cónego Manuel José da Silva, os estatutos para formação da Irmandade do Senhor da Agonia colocado na igreja da Colegiada, cujos devotos haviam em 1751 constituído confraria em agradecimento do favor e benefício comum que receberam do Senhor no mês de Dezembro desse ano, "depois de uma novena e procissão com a imagem do Senhor, tudo a expensas do Cabido, dando tempo conveniente para se colherem os frutos que pereciam nas searas com a muita chuva."
1803 — Sexta-feira santa. - Fez-se nesta vila, no sítio do Arco de S. Francisco, um riquíssimo e aparatoso Descimento da Cruz, com o qual se gastaram mais de 12 contos de réis, além de outras muitas despesas que algumas casas fizeram com algum figurado. Não consta que houvesse outro ligas em Portugal, nem anterior, nem posterior. O grande monte elevava-se quase até ao cimo das carvalhas que lhe ficavam na retaguarda. Quase todos os telhados do terreiro de S. Francisco e parte dos da Rua de Couros foram improvisados terraços (balcões) - (Nota minha :Dizia-se que até as Beatas do Anjo fizeram um na torre do seu Recolhimento, pois nesse tempo as casas do terreiro de S. Francisco eram baixas, não excediam a muralha. J.L.F.)- para acomodar as famílias da terra como outras muitas que vieram de partes do reino, até mesmo de Lisboa. Foi uma das melhores funções religiosas que neste género se têm feito em Portugal. A guarda romana era toda de estudantes, e as figuras principais eram frades e padres, notando-se entre estes o padre Bernardo (Pinto) Rola (depois cónego), que representava a figura de S. João, que pela sua posição forçada de 3 horas quase extático se tornou um facto extraordinário e assombroso, a ponto de muitos dizerem que não era possível ser figura viva, mas sim de pasta.
No ano seguinte, estudantes e rapazes de várias aulas quiseram também improvisar um outro em ma horta de uma casa da Rua Nova das Oliveiras, cujas despesas eram custeadas pelos pais dos mesmos e com tal incremento iam que, chegando ao conhecimento do prelado, este oficiou logo ao corregedor que imediatamente as suspendesse e fizesse arrasar.
1820 — Tendo sido apresentado na igreja de Santa Cristina de Arões o abade Sebastião Meitão de Abreu e recusando-se a pagar às freiras de Santa Clara de Guimarães a pensão a que a mesma igreja estava obrigada, alegando que as igrejas de apresentação régia não podiam ser pensionadas, foi esta questão resolvida a favor do convento por sentença da Casa da Suplicação em 8 de Abril de 1820.
1835 — Chegam 4 salteadores (" um vinha de carro ferido" ) presos por causa de um roubo que uma grande malta ia fazendo em Arosa. PL
1891 — O Diário do Governo publica a concessão do Caminho-de-ferro de Guimarães para prolongar a sua linha até Fafe.
1914 — Às 2 horas da tarde o comércio fechou as suas portas e o teatro D. Afonso Henriques encheu-se de povo de todas as classes sociais para o comício. Discursaram o presidente da Associação Comercial, Eduardo Manuel de Almeida, dr. Moreira Sampaio, presidente da Câmara Municipal e o redactor do jornal "Alvorada". Apurou-se que as freguesias que queriam fazer parte de um concelho de Vizela estavam pagando 35 por cento e se fossem pagariam 70 por cento. Foi aprovada uma moção. Recebeu-se com aplausos 1 telegrama favorável. À noite, em regozijo, houve marcha aux flambeaux, levando os estandartes das corporações civis.
1934 — Inauguração do Sindicato dos Empregados da Indústria Têxtil em Guimarães.Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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