Efemérides vimaranenses: 15 de Fevereiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1261 — El-rei D. Afonso III, estando em Guimarães, deu foral a Vila Boa da Roda, antigo concelho do termo de Guimarães. D. Manuel I deu-lhe novo foral, em Lisboa a 8 de Agosto de 1514.
1507 — Alvará de D. Manuel I nomeando Vedor de todas as obras de ouro ou prata mandadas fazer para o Hospital de Todos os Santos, Convento de Tomar e Mosteiro de Belém, o vimaranense Gil Vicente, ourives da rainha D. Leonor, viúva de D. João II.
1662 — Tendo a Câmara participado ao Padre Provincial dos Capuchos, da Piedade, o que era passado (vide 18 de Junho de 1661 e 11 de Janeiro de 1662), neste dia 15 deram entrada em Guimarães 4 ou 5 frades capuchos da dita província e aposentaram-se na Rua do Cano em umas casas que lhes ofereceu o Reitor de Brito, António Machado da Maia; formaram nelas Oratório e com licença do Ordinário aí celebravam e administravam os sacramentos, e aí estiveram até 4 de Novembro de 1664.
1712 — Foi apresentada à Câmara uma ordem do governador das armas da província, D. João Diogo de Ataíde, encarregando o coronel Gonçalo Pires Bandeira de alistar soldados em alguns concelhos da comarca.
1747 — O Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, "disse missa em público, com rara edificação de grande concurso, e viu de tarde, de uma das janelas do palácio, a procissão que da Ordem Terceira de S. Francisco costumava sair, com bem compostos andores de santos penitentes e simbólicas figuras". - Guimarães agradecido.
1814 — Os devotos de Nª Sª Madre de Deus, da freguesia de Azurém, pediram licença ao Ordinário para demolirem a capela velha, que se achava a cair, e reedificar num outro ponto próximo. Desta capela era administrador José Filipe de Sousa de Carvalho, fidalgo da casa real e alcaide-mor de Vila Pouca de Aguiar, morador na Rua de Santa Maria, desta cidade.
1820 — De uma devassa a que por mandado do juiz de fora se procedeu, em 17 de Fevereiro de 1820, apurou-se o seguinte: Francisco Morais, solteiro, fiteiro, da Rua da Cruz da Pedra, freguesia de Creixomil, na terça-feira 15 de Fevereiro de 1820 às 10 horas da noite estando à sua porta conversando com vizinhos, chegaram armados de paus e chuços 6 homens, a saber: João da Costa, barbeiro, do Terreiro da Misericórdia; João António, solteiro, filho da Calimborna, morador ao pé da Alfândega; João da Silva, oleiro, filho de Manuel da Silva, de Trás de Gaia; Mateus Soares, soldado do regimento desta vila, filho de João Soares, o Rossas, da Rua de Gatos; Bento Alves, oleiro, da Rua da Rua da Cruz de Pedra; José, solteiro, "O Basto", oficial de ferreiro, morador no alto da Cruz de Pedra, e lhe bateram na cabeça e corpo, fazendo-lhe no alto da cabeça uma ferida do comprimento de 1 palmo e da largura de 2 dedos com couro e carne cortada que deitou muito sangue, e outra ferida no meio das costas de largura de 2 dedos e do mesmo comprimento, que também deitou copioso sangue, feitas com instrumento contundente. Eles chegaram ao Morais a entenderem-se, e ele lhes respondeu que fossem pelo seu caminho que ele estava à porta e não os ofendia; logo lhe bateram, ele berrou às de El-rei, acudiu gente e eles fugiram. Eles todas as noites andavam juntos a fazerem desordens porque eram solteiros e andavam a assistir a umas moças da Madrôa. Também feriram numa mão o vizinho Fortunato Martins, fiteiro. O juiz de fora, em 16 de Março de 1820 despacha: que o escrivão os tenha no rol com as ordens necessárias para a sua prisão, preparando a culpa em 1º do soldado para ir para o seu regimento.
1863 — Domingo Gordo. - De tarde, máscaras sem espírito, apenas 1 grupo, em costume de baile, percorreu as ruas com a música de Sande na frente. À noite baile no teatro, bastante animado e concorrido de máscaras e espectadores. Distinguiram-se máscaras: um que vestia de camponês, e com o seu espírito fino teve em continua hilariedade todos os espectadores; outro representando o progresso indefinido, que se opera de século para século, e que trazia nas costas a legenda " O que há-de ser o mundo no ano três mil"; um terceiro coberto de andrajos que espalhava uns impressos alusivos ao exagerado egoísmo com que a sociedade olha os que decaem do apogeu e fastígio das grandezas humanas ao abismo da miséria.
1879 — O deputado pelo círculo de Guimarães, Dr. Rodrigo Teixeira de Meneses, vimaranense, apresenta um projecto de lei para serem isentos da contribuição predial os edifícios em que estivessem estabelecidos asilos, hospícios, albergues, recolhimentos e outras instituições de qualquer dominação que tenham por fim a caridade e a beneficência pública.
1880 — Na noite deste dia para o seguinte, muito tempestuosa, foram cortadas à navalha todas as árvores que a Câmara havia mandado plantar no Terreiro de S. Francisco, no dia 23 de Janeiro. Constando aos habitantes daquele local, que a Câmara, atribuindo a eles um tal atentado destinava mudar a feira do pão dali para outro local da cidade, requereram, aliando de si o acontecimento e comprometendo-se ao mesmo tempo a plantar iguais árvores à sua custa. A Câmara deferiu e outras foram efectivamente postas a 22 do presente à custa e cuidados dos requerentes. Neste terreiro ou Campo de S. Francisco colocaram-se bancos de ferro fundido debaixo das árvores no mês de Julho de 1881.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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