Efemérides vimaranenses: 14 de Fevereiro

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1665 — A Câmara delibera que o Procurador do Concelho pague ao vereador João da Silva de Freitas três mil réis, por três dias que gastara em ir a Vila Nova de Famalicão, onde fora mandado assistir a uma junta que aí se fizera com um vereador de cada uma das seguintes terras: Viana, Ponte de Lima, Braga, Barcelos e Porto, sobre o reparo de se avisar S. M. que não deixasse ir o Conde de S. João para o Alentejo.

1748 — Manuel Pereira, assistente em Lisboa no serviço da casa do prior de S. Nicolau, faz procuração na nota do tabelião Teodósio José de Castro, morador na Rua Nova dos Ferros, da dita cidade, a Dâmaso Fernandes e Bento de Freitas, moradores na vila de Guimarães, para tomarem posse do ofício de alcaide pequeno deste vila em que ele estava provido.

1799 — Foi pronunciado José da Costa, escudeiro de Rodrigo de Freitas Melo e Castro, desta vila, pela morte feita em Francisco, solteiro, soldado da 4.ª companhia do 1.º regimento da cidade do Porto, filho de Domingos Francisco, do Castanheiro, de S. Martinho de Conde.

1836 — Em sessão da Sociedade Patriótica Vimaranense foi apresentada por José de Sousa Bandeira uma indicação para se mudar a cadeia para o quartel e pediu urgência. Falaram sobre a urgência vários sócios e se venceu, e admitida à discussão, foi aprovada na generalidade. O sócio Basto pediu adiamento, mas não passou.

1850 — O Governador Civil enviou ao Administrador deste concelho a relação (que não encontrei) de vários oficiais amnistiados no concelho, os quais lhe constava estarem encarregados pelo Centro Revolucionário de preparar o movimento contra a actual ordem de coisas; e manda-lhe que vigie as relações e os passos deles e o informe de tudo o que descobrir, não devendo poupar esforços para manter o sossego e estar ao facto das maquinações dos inimigos da ordem, para se sufocar no seu começo qualquer tentativa revolucionária.

1850 — Carta régia reformando as colegiadas do reino, conforme o decreto regulamentar de 27 de Dezembro d 1849 e a lei de 16 de Junho de 1848.

1854 — Na tarde deste dia e manhã do seguinte, celebram-se solenes exéquias na Colegiada sufragando a alma da rainha D. Maria II, a expensas da Câmara e Colegiada, importando a despesa em 376$600 réis que foi paga por ambas as entidades.

1855 — Nasce em Alcaide o conselheiro João Franco Ferreira Pinto Castelo Branco, que em 29 de Junho de 1884 foi, pela 1ª vez e pelo círculo de Guimarães, eleito deputado, e, consecutivamente, em 1886,20-X-1889,1890,23-X-1892, 1894,1895, 1897 e 26 de Novembro de 1899.

1871 — Principiam os trabalhos para a instalação do Monte Pio Comercial Vimaranense.

1876 — Foi aprovado na Câmara dos Deputados um projecto de lei alterando a circunscrição do círculo eleitoral de Guimarães, por assim o haver representado a Câmara Municipal.

1900 — A Câmara Municipal aprovou, para submeter a aprovação superior, os projectos e orçamentos para as obras e melhoramentos seguintes: Canalização e abastecimento das águas da cidade, 35.000$000 de réis; Corte e alinhamento da Rua da Rainha desta cidade, 6.000$000 de réis; Corte da alpendrada do largo da Sª da Oliveira à Sª da Guia, 2.600$000 de réis; rua entre S. Francisco e o Campo da Feira e alargamento deste, 18.500$000 de réis; reconstrução do Largo de S. Francisco 2.300$000 réis; canalização e abastecimento de águas em Vizela 2.000$000 de réis; reconstrução e alargamento da Rua do Médico, em Vizela, 1.500$00 de réis; construção de matadouros em Vizela e Taipas 2.000$000 de réis cada um.

1901 — Alvará do Governador Civil do distrito aprovando uns estatutos para a Misericórdia, alterando grande parte deles, do que a assembleia-geral dos irmãos havia aprovado. Ele governador é quem de novo os confeccionou. A Irmandade não os aceitou; eu fui o primeiro dos irmãos que recambiei o exemplar que recebera, com o meu protesto escrito nele.

1908 — O tribunal da Relação do Porto anulou o processo crime, no qual os arguidos Manuel José Vieira e Henrique Vicente de Oliveira tinham sido injustamente condenados na pena de 6 anos de prisão maior celular ou em alternativa na pena de 8 anos de degredo. Tinham sido acusados de ter descarregado no "Parrolo" uma pancada que lhe determinou a morte, sendo certo que esta foi ocasionada pelos ferimentos produzidos pela queda que o falecido deu na ocasião em que andava envolvido em desordem com os arguidos.

1908 — Em sufrágios dos régios assassinados, celebrou-se, celebrou na Colegiada, por determinação da Câmara, uma missa rezada que teve larga assistência.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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