Efemérides vimaranenses: 9 de Fevereiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1658 — Nesta data está registado na Câmara o seguinte: petição de Manuel Barbosa Cabral solicitando escusa de capitão de uma companhia, o qual tendo servido de capitão de ordenanças no concelho de Gouveia, comarca de Guimarães, veio para Guimarães servir o ofício de escrivão dos órfãos de que tinha a propriedade; o capitão-mor Gregório Ferreira de Eça o nomeou capitão de ordenanças de Guimarães por lhe não ser afecto e requerendo ele para ser escuso ou ao menos não servir às ordens do dito capitão-mor, foi escuso por despacho do Conde de Castelo Melhor, datado de Vila Nova de Cerveira a 4 de Fevereiro de 1658 com fundamento de que era mais justo que ele servisse a S. Majestade com armas e cavalo.
1667 — Carta de examinação de Bento de Matos, filho de Torquato de Matos, de S. Torquato, passada em Lisboa, para poder sangrar, sarrafassar, lançar ventosas e sanguessugas e tirar dentes em Portugal.
1718 — Falece no convento de S. Francisco de Guimarães, o virtuoso padre frei Pedro de S. Paulo, natural de uma das freguesias de Oliveira, do concelho de Famalicão. Foi exemplo de singular humildade. Ocupou no referido convento o lugar de vigário do coro por tempo de 45 anos, sendo tal o fervor e desvelo na perfeição dos louvores divinos, que queria fossem muito pausados, e decorosa a composição dos que os tributavam à Majestade Eterna; de cujo venerável empenho lhe resultaram algumas vezes desgostos porque, ou fosse de propósito ou por descuido, lhe aceleravam o canto, motivando-lhe tal dissabor que, com brandura e extraordinário zelo repreendia este mal, ponderando-o de abuso. As pessoas seculares o tinham em conta de varão santo, vivendo sempre com opinião louvável pelos miraculosos acontecimentos em abono da sua virtude, usando apenas para com as pessoas enfermas da bênção do padre S. Francisco.
1753 — Provisão régia mandando que por espaço de 8 anos se dê aos frades de S. Domingos, pelo seu dinheiro, em cada um de dois dias da semana, uma perna de vaca, e o peixe, havendo-o, se lhe dê com igualdade ao povo.
1835 — Em sessão da Câmara dos Deputados, José Fortunato Ferreira de Castro mandou para a mesa e defendeu um requerimento ou representação de uma religiosa do Convento de Santa Clara de Guimarães, expondo que o convento, pela extinção dos dízimos, ficou sem meios de subsistência, e pedindo se lhe concedam para esse fim alguns recursos. O ministro da fazenda disse que se pediram já informações a este respeito, e que algumas medidas se têm tomado já e que ele tomava sobre si dar as possíveis providências a tal respeito.
1838 — Vindo da Corredoura e chegando ao pé do lugar da Madre de Deus, o João Crisóstomo (de Sousa Basto), negociante de couros na Rua Nova do Muro, deram-lhe um tiro na cabeça e outras partes do corpo, ficando muito mal tratado, sendo logo confessado e sacramentado. O tiro foi dado por um seu rival de um namoro que ele tinha. P. L. - Morreu velho.
1842 — À noite foi depositado na capela do depósito do hospital da Misericórdia de Lamego o cadáver de Jerónimo Marques, natural de Guimarães, negociante de ferragens. No seguinte dia 10, logo de manhã, concorreram por intervalos diversos do povo, que tinham tido mais ou menos relações de amizade ou vizinhança com o defunto, observando -o e lamentando-o, espalhando um sussurro de que ele tinha morrido envenenado; e explicavam a origem dizendo: que mandando o amo ao moço fazer café, e apresentando-lho, como o dito café estivesse muito quente, o amo principiou a tomá-lo às colheres; mas como lhe achasse um gosto repugnante o mandou retirar, dizendo ao moço que o café não estava bom, ao que este lhe tornou em resposta, que ele amo o tomaria como efectivamente fez, seguindo-se a isto as desordens fisiológicas consequentes da ingestão de venenos corrosivos na economia animal e a morte. Ao meio-dia do mesmo dia 10, foi feita autópsia ao cadáver, na presença das autoridades judiciais, cujo resultado químico mostrou que o dito Jerónimo Marques foi vítima da acção venenosa do óxido branco de arsénico. - Periódico dos Pobres no Porto.
1864 — Terça -feira. O padre Joaquim José Marques, morador na casa seguinte à dos Simães, na rua das Molianas, quando saía de casa para celebrar a missa de alva (missa das almas),
1892 — Na freguesia de Guardizela, onde era abade muito querido dos fregueses, faleceu o virtuoso padre José Leite de Faria Sampaio, vulgo "O padre José Mico" pelo seu modo muito brincalhão, bom orador; foi sacristão-mor e sub chantre da Colegiada tendo uma valente, excelente e harmoniosa voz.
1928 — Publicou-se o nº 1 de "O Conquistador", jornal literário, noticioso e de formação social, às 5ªs feiras, de tarde. Por Deus. Pela Pátria. Por Guimarães. Pela Igreja. Pela Família e Pela Paz Social. Redactor principal: Eugénio Vaz Vieira. Administrador e editor: Luís Gonzaga Pereira.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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