Efemérides vimaranenses: 13 de Fevereiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1545 — Sentença do juiz ordinário contra João da Revoreda, cavaleiro nesta vila, possuidor de uma horta que entestava na Ponte do Campo da Feira e ia até ao carvalho grande do mesmo Campo da Feira, sobre a Câmara ter mandado abrir um olhal da dita ponte que estava tapado e quando o rio enchia impedia a serventia da fonte das Ameias.
1641 — Aviso régio mandando levantar um esquadrão volante na província de Entre-Douro- e-Minho e mandando aplicar à sua manutenção, entre outros rendimentos, os do Reguengo de Guimarães. .
1644 — Na Rua de Santa Maria, nas casas de Manuel Machado de Miranda, fidalgo da casa de S. Majestade, Beatriz Lopes de Carvalho, dona viúva de Pêro Vieira da Maia, disse que Jerónimo Salgado de Faria foi condenado à morte na alçada que a esta vila veio tirar e sentenciar o Dr. Estêvão Leitão de Meireles, pela morte do padre frei Luís de Sousa, filho dela Beatriz, por nela ficar culpado o dito Jerónimo e ela Beatriz, tendo-se informado depois como o caso aconteceu "e dar o dito padre toda a ocasião ao sucesso, e conformando-se consciência e não ser o dito Jerónimo Salgado de Faria o matador", dá-lhe perdão, etc. Assinou o dita Miranda, por ela Beatriz estar cega.
1803 — Doutorou-se em medicina, na Universidade de Coimbra, o vimaranense Vicente Navarro de Andrade, filho de Sebastião Navarro De Andrade e irmão do Dr. Joaquim Navarro de Andrade; era ou foi comendador da Ordem de Cristo, fidalgo cavaleiro, dignitário da Ordem do Cruzeiro, 1º barão de Inhemorim no Brasil e médico da Real Câmara. Escreveu "Plano de organização de uma escola médico-cirúrgica" que por ordem de S. A. R. o Príncipe Regente traçou e escreveu, etc. Rio de Janeiro, 1811.
1837 — Tornaram a continuar as obras da Colegiada, que estavam paradas há perto de 2 anos por haverem sido suspensas por ordem do Governador Civil de Braga. O cónego João Baptista foi o que promoveu a continuação das obras (sem licença) arvorando-se em director, sem que mais algum cónego tomasse parte nesta deliberação. P. L. - As obras, mais uma vez haviam sido suspensas depois que o cónego tesoureiro-mor Tomé Luís Felgueiras as fizera continuar em 17 de Fevereiro de 1834, em virtude do subsídio de 3 mil cruzados que para esse fim ofereceu.
1839 — De madrugada pegou em armas a polícia desta vila e aldeias, juntamente com soldados do nº 18, prenderam alguns rapazes, dos que estavam sorteados para soldados. Foram remetidos para Braga. P. L.
1853 — Neste dia e nos dois seguintes caiu no concelho grande quantidade de neve, que atingiu altura de 2 palmos.
1886 — Questão Bracaro-Vimaranense. Diz o "Constituinte": "Depois de terminada (hoje) a sessão na Associação Comercial de Braga, "um numeroso grupo de cidadãos dirigiu-se espontânea mas tumultuariamente ao hotel Franqueira, onde se achava hospedado o Exmo. Sr. Peito de Carvalho, digno Governador Civil do distrito. S. Ex.ª vendo reunido tanto povo em frente da sua habitação, veio ao meio dele, e disse: "Que não consentia por modo algum a desordem, porque a sua principal missão neste distrito era fazer manter a ordem; que esperava que assim havia de acontecer, porque confiava tudo da sensatez e cordura do povo de Braga; que lhe constava que na sua ausência se lhe haviam feito umas insinuações menos leves, com o fim de o malquistar com o povo de Braga, que o futuro convenceria esta cidade de que sua Excelência era incapaz de praticar actos indecorosos, e mais iludiria o povo, ou lhe faltaria à verdade. Que o seu passado de vinte anos na vida administrativa devia ser suficiente garantia para o que afirmava; que não podia deixar de ter afeição ao povo de Braga pela maneira atenciosa por que o tinha recebido e pela forma por que haviam tratado pessoas muito queridas da sua família, que nesta cidade haviam residido muitos anos. E aconselhava o povo a que aguardasse tranquilo e com toda a ordem a solução da pendência levantada entre Braga e Guimarães, porque confiava plenamente que os poderes públicos a resolveriam com inteira justiça." Vide dia 16.
1903 — O Governo aprova o projecto da actual canalização das águas desde as nascentes até ao alto da Arcela e do depósito neste local, orçado em 4.000$000 réis.
1912 — Principiaram a levar os objectos do tesouro da Senhora da Oliveira, o que fizeram com a chave de Santo André.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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