Efemérides vimaranenses: 12 de Fevereiro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1430 — O Cabido toma posse da igreja de Santo Estêvão de Urgeses, que ultimamente lhe havia sido anexada pelo Arcebispo de Braga.
1596 — O Arcebispo de Braga, D. frei Agostinho de Jesus, visita pastoralmente a igreja de S. Paio de Guimarães, e, entre outras coisas, ordena: "ao Cabido que em termo de dez dias, apresente ao provisor do Arcebispo um padre suficiente para cura da referida igreja, pelo motivo de o actual (Miguel Fernandes) ser muito enfermo, estar aleijado de gota e não poder ir à igreja senão em uma cadeira, razão porque neste acto lhe deu a suspensão de cura; que o cura notifique os carniceiros que moram nesta freguesia, que não cortem carne aos domingos e dias santos de guarda, sob pena de pagar cem réis para a fábrica e meirinho, cada um, por cada vez que o contrário fizer; achamos que nesta vila se jogam os dados e as cartas, o jogo da cartela e do trinta, que são jogos muito prejudiciais e em que as pessoas que os jogam perdem suas fazendas e se seguem muitos juramentos e escândalos, pelo que mandamos que nenhuma pessoa de qualquer qualidade que seja jogue o dito jogo de dados, cartela e trinta, nem os consintam jogar em sua casa sob pena de excomungado ipso facto incurrenda."
1622 — Foi concedido alvará régio de privilégios ao estalajadeiro António de Freitas Vaz, isentando-o de fintas, cargos e imposições do concelho, e outros, que já gozava seu antecessor Francisco Lobo, que falecera, e ele casara com a viúva Domingas Vaz, e isto por ele ter a melhor estalagem e mais bem provida da vila.
1788 — Provisão concedendo a João António Vaz Vieira de Melo e Alvim Pinto, fidalgo cavaleiro e mestre de campo de infantaria auxiliar do 1º terço da vila de Guimarães, uma pena de água tirada da caixa de S. Paio para a conduzir para a sua casa do Toural com obrigação de meter no aqueduto na serra duas penas dela, e de encanar a água duma grande mina que apareceu nos alicerces da obra da casa do Cabido para o Campo da Feira que a Câmara não podia fazer à sua custa, ficando esta para o público. Dizia-se que ela se conduzir para o Terreiro do Campo da Feira, e ela a poria à sua custa fora da torre e calçada mística para depois os moradores fazerem fonte ou tanque à sua satisfação.
1851 — Toma posse o último possuidor da dignidade de tesoureiro-mor da Colegiada, José Leite Pereira da Costa Bernardes natural da freguesia de S. Sebastião de Guimarães, filho de Bento Leite Pereira da Costa Bernardes e de D. Antónia Joaquina de Andrade. Havia sido cónego secular (Loio) do Evangelista em Vilar de Frades, abade de S. Miguel do Carvalho em Celorico de Basto, e ultimamente prior do Mosteiro de Souto em Guimarães.
1865 — Inauguração solene de um altar colocado na sacristia da Misericórdia, ao lado esquerdo de quem entra, onde ora está um armário, tendo a imagem do Senhor Ecce Homo, que nele ficou à veneração pública que até aí só tinha em 5ª feira maior. Teve festa de manhã e de tarde com sermão. O altar, de fina talha, que era da sacristia dos Capuchos, foi retirado em 18. E voltou para os Capuchos onde existe numa dependência do hospital.
1885 — Houve baile de máscaras no teatro de D. Afonso Henriques que estava decorado com muito gosto, em benefício dos povos de Andaluzia, o qual rendeu liquido livre de despesas 224$005 réis. À porta tocou uma banda de música até à meia-noite. A concorrência foi extraordinária e dançou-se a última quadrilha às 3 horas da madrugada. Às 9 horas começou a vender-se o "Guimarãe-Andaluzia", jornal colaborado por 44 escritores vimaranenses em benefício dos Andaluzes vítimas dos terramotos, bem como um boquet de sonetilhos oferecido pelo Dr. Braúlio Caldas, de Vizela, à comissão, que era composta de 20 rapazes vimaranenses.
1889 — De tarde, falece quase repentinamente, "O Coxo de S. Dâmaso", José António Teixeira de Freitas, proprietário do jornal quinzenal vimaranense "O Progresso Católico".
1899 — Domingo - Quando o sineiro da Misericórdia tocava para a missa das 11 horas, bombeando o sino 15 minutos na forma costumada, o Administrador do Concelho, Alberto Carlos de Abreu Brito Lima, "O Bruto Lima", (era um maluco que o partido progressista local mandara vir de Ponte de Lima), mandou aplicar-lhe a multa de 5$000 réis. Politiquice do dito centro progressista local, cujo partido estava no poder, embirrando com o Provedor da Misericórdia que era o cónego Alberto da Silva Vasconcelos, um dos chefes do partido franquista.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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