Efemérides: 14 de Fevereiro

Igreja da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1526 — D. João III, por 5 cartas ou provisões, em Almeirim, confirma todos os privilégios que os seus antecessores haviam concedido à Colegiada. Foram confirmados por 3 provisões datadas do dia 13, 5 do dia 14, 2 do dia 15, uma do dia 16 e uma do dia 27 de Fevereiro de 1526.

1593 — O Arcebispo D. frei Agostinho de Jesus, faz visitação à paróquia de Nª Sª da Oliveira, e ordena aos cónegos curas que condenem em cem réis por cada vez os mercadores que aos domingos e dias santos abrirem as lojas para fazerem negócio; e ao cónego mestre-escola que mande fazer o torreão da igreja de S. Tiago, por ter caído e o arco da porta estar a desfazer-se.

1645 — O D. Prior D. João Lobo de Faro faz visitação à igreja e sacristia da Colegiada e abre a caixa de relíquias, que ainda hoje existe no tesouro museu de Nª Sª da Oliveira, de que mandou passar certidão pelo notário apostólico padre Diogo de Barros.

1771 — O Cabido faz escritura de contrato em que se obriga a dar 345$000 réis ao mestre pedreiro Pedro Lourenço, da rua do Espírito Santo, fazendo-lhe este a obra de pedraria do camarim ou acréscimo da capela-mor da Colegiada. Tal obra muito deformou o claustro, não só em lhe atravessar o tecto, mas inutilizando-lhe alguns arcos e colunas ornadas com belos capitéis, no espaço de largura da dita capela-mor.

1877 — A Câmara resolve representar ao Governo ou às Cortes Legislativas, pedindo autorização para vender o edifício do Convento de S. Domingos e com o produto construir ou adquirir edifício para o tribunal judicial e mais repartições públicas.

1886 — Os povos das Taipas celebram um comício para protestarem contra as falsas afirmações que de Braga diziam de eles não quererem aderir à anexação ao distrito do Porto. Daqui foram as corporações civis com as suas bandeiras e entre elas a do Grupo dos Entusiastas, que neste dia havia sido inaugurada, e muitas. O comício foi ao ar livre num largo próximo aos banhos, e quando todos os vimaranense voltaram a esta cidade, já de noite, foram surpreendidos no lugar do Proposto com uma marcha aux flambeaux.

1929 — Realizou-se um casamento civil, e indo para se realizar o religioso na igreja de Nª Sª da Oliveira, o noivo, negociante, serviu-se de um automóvel que o esperava, desapareceu, deixando a noiva e convidados à espera.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.