Efemérides vimaranenses: 12 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1572 — O arcebispo D. fr. Bartolomeu dos Mártires faz visitação à igreja de S. Paio de Guimarães e manda que, até dia do próximo Natal, acabem de todo a obra de pedraria da igreja de S. Sebastião, até à Páscoa toda a obra de carpintaria e retelhar, e até ao S. João precintar toda de três em três cales.
1664 — Entram os frades capuchos da Piedade na igreja de S. Miguel do Castelo e suas dependências, a aí assistem até à conclusão do seu convento em 1668.
1768 — Resposta da Câmara ao requerimento dos Comerciantes espanhóis que vendem sardinha por lhe levarem contribuições a pretexto de entrada, dizendo ele que desde 1753 nada pagam segundo as leis de Sua Majestade, somente 620 réis por cada canasta grande e 300 réis pelas medianas por as guardarem e venderem na casa da alfândega como eles assim requereram e ofereceram pagar dando-se-lhes os melhores lugares na dita casa. A lei que os isentava era de 19 de Abril de 1761 e foi confirmada pela resolução régia de 2 de Fevereiro de 1769.
1800 — A Câmara providenciou sobre o novo requerimento do povo acerca da carestia e abuso dos vendeiros, etc, que constavam de 15 capítulos de queixa, mandando lançar pregão com as resoluções tomadas; e ainda outro pregão no dia 15 sobre a compra de pão para as padeiras. Os capítulos versam sobre o seguinte: 1º - Atravessadores de lenhas e canhotos, que compram para depois venderem em molhos; 2º - Proibir a compra de carnes verdes antes das duas horas, e na praça, e não pelas aldeias e mandar carne para fora; 3º - Padeiras obrigadas a pesar o pão; 4º - Proibir comprar pão na feira para os padeiros e almocreves só depois de uma hora; 5º - Vendeiros não tinham obedecido; 6º Rendeiros vendem vinho aquartilhado sem observar as posturas; 7º - Particulares vendem vinho mosto e sem postura e licença por preço exorbitante; 8º - Proibir saída de vinhos para fora do termo; 9º Mesterais que vendem azeite e unto e sal, tudo muito caro; 10º - Os oleiros misturam com o barro do Prado outro que tiram em S. João de Ponte, que é de má qualidade; 11º - Os almotacés devem fazer as precisas correcções; 12º - Multas metade para o concelho e metade para o acusador; 13º - Contra os açambarcadores de cestos que vêm à feira; 14º - As peixeiras não querem vender ao arrátel por isso deve uma por giro ser obrigada; 15º - Expulsar as doceiras do Toural que só serve para gulosos, e tornamos lenhas muito caras, e as que vendem figos, caminhos e várias sementes, que se tudo se vende nos mesteirais.
1838 — Foi concedido à Junta, paroquial de S. Cristovão de Riba de Selho o maior dos sinos de Santo António dos Capuchos de Guimarães. Em fins deste ano a Junta Pároco de Azurém pedem que seja revogada esta portaria, e foi em 18 de Março de 1839.
1842 — A Câmara aprova o Código de Acórdãos e Posturas de Polícia Municipal do concelho, que foi confirmado pelo concelho de distrito em 12 de Janeiro de 1843.
1844 — Neste dia e nos 2 seguintes houveram preces na Colegiada, por ordem do arcebispo, pro serenitate coeli, havendo chovido à alguns dias, e havendo já bom tempo no 1.º dia das Preces. P. L.
1846 — "Reuniu na Praça do Toural a Polícia, ou os de pé fresco, que tinham vindo no dia antecedente, dando uma grande maçada em um pobre homem, na ocasião em que estavam na forma. Neste dia fizeram bastantes desordens, sem que as auctoridades tomassem medida alguma". P.L.
1886 — Ao fim da tarde, quando se estava ao acto da encerração do S. Lausperene, na capela dos terceiros de S. Francisco, uma faúlha que saltou de uma vela, incendiou um dos ramos do altar. O povo alvoroçou-se e fugiu precipitadamente, as chamas foram prontamente extintas, mas na torre da igreja chegou a dar o respectivo sinal.
1922 — Eleição camarária muito disputada. Houve prisões dos chefes do partido monárquico, Conde de Margaride, dr. Joaquim José de Meira, João Gomes de Abreu Lima, P. João António Ribeiro e outros, para Braga. Em Ronfe os democráticos votaram bombas, o povo repeliu-os a tiro que vieram para o hospital da Misericórdia 4 do Porto, 1 deste gravemente ferido, teimou contra a opinião e foi para o Porto.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
1572 — O arcebispo D. fr. Bartolomeu dos Mártires faz visitação à igreja de S. Paio de Guimarães e manda que, até dia do próximo Natal, acabem de todo a obra de pedraria da igreja de S. Sebastião, até à Páscoa toda a obra de carpintaria e retelhar, e até ao S. João precintar toda de três em três cales.
1664 — Entram os frades capuchos da Piedade na igreja de S. Miguel do Castelo e suas dependências, a aí assistem até à conclusão do seu convento em 1668.
1768 — Resposta da Câmara ao requerimento dos Comerciantes espanhóis que vendem sardinha por lhe levarem contribuições a pretexto de entrada, dizendo ele que desde 1753 nada pagam segundo as leis de Sua Majestade, somente 620 réis por cada canasta grande e 300 réis pelas medianas por as guardarem e venderem na casa da alfândega como eles assim requereram e ofereceram pagar dando-se-lhes os melhores lugares na dita casa. A lei que os isentava era de 19 de Abril de 1761 e foi confirmada pela resolução régia de 2 de Fevereiro de 1769.
1800 — A Câmara providenciou sobre o novo requerimento do povo acerca da carestia e abuso dos vendeiros, etc, que constavam de 15 capítulos de queixa, mandando lançar pregão com as resoluções tomadas; e ainda outro pregão no dia 15 sobre a compra de pão para as padeiras. Os capítulos versam sobre o seguinte: 1º - Atravessadores de lenhas e canhotos, que compram para depois venderem em molhos; 2º - Proibir a compra de carnes verdes antes das duas horas, e na praça, e não pelas aldeias e mandar carne para fora; 3º - Padeiras obrigadas a pesar o pão; 4º - Proibir comprar pão na feira para os padeiros e almocreves só depois de uma hora; 5º - Vendeiros não tinham obedecido; 6º Rendeiros vendem vinho aquartilhado sem observar as posturas; 7º - Particulares vendem vinho mosto e sem postura e licença por preço exorbitante; 8º - Proibir saída de vinhos para fora do termo; 9º Mesterais que vendem azeite e unto e sal, tudo muito caro; 10º - Os oleiros misturam com o barro do Prado outro que tiram em S. João de Ponte, que é de má qualidade; 11º - Os almotacés devem fazer as precisas correcções; 12º - Multas metade para o concelho e metade para o acusador; 13º - Contra os açambarcadores de cestos que vêm à feira; 14º - As peixeiras não querem vender ao arrátel por isso deve uma por giro ser obrigada; 15º - Expulsar as doceiras do Toural que só serve para gulosos, e tornamos lenhas muito caras, e as que vendem figos, caminhos e várias sementes, que se tudo se vende nos mesteirais.
1838 — Foi concedido à Junta, paroquial de S. Cristovão de Riba de Selho o maior dos sinos de Santo António dos Capuchos de Guimarães. Em fins deste ano a Junta Pároco de Azurém pedem que seja revogada esta portaria, e foi em 18 de Março de 1839.
1842 — A Câmara aprova o Código de Acórdãos e Posturas de Polícia Municipal do concelho, que foi confirmado pelo concelho de distrito em 12 de Janeiro de 1843.
1844 — Neste dia e nos 2 seguintes houveram preces na Colegiada, por ordem do arcebispo, pro serenitate coeli, havendo chovido à alguns dias, e havendo já bom tempo no 1.º dia das Preces. P. L.
1846 — "Reuniu na Praça do Toural a Polícia, ou os de pé fresco, que tinham vindo no dia antecedente, dando uma grande maçada em um pobre homem, na ocasião em que estavam na forma. Neste dia fizeram bastantes desordens, sem que as auctoridades tomassem medida alguma". P.L.
1886 — Ao fim da tarde, quando se estava ao acto da encerração do S. Lausperene, na capela dos terceiros de S. Francisco, uma faúlha que saltou de uma vela, incendiou um dos ramos do altar. O povo alvoroçou-se e fugiu precipitadamente, as chamas foram prontamente extintas, mas na torre da igreja chegou a dar o respectivo sinal.
1922 — Eleição camarária muito disputada. Houve prisões dos chefes do partido monárquico, Conde de Margaride, dr. Joaquim José de Meira, João Gomes de Abreu Lima, P. João António Ribeiro e outros, para Braga. Em Ronfe os democráticos votaram bombas, o povo repeliu-os a tiro que vieram para o hospital da Misericórdia 4 do Porto, 1 deste gravemente ferido, teimou contra a opinião e foi para o Porto.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
1 Comments:
Surpresa agradável, pois já tive no meu blogue e durante um ano uma rubrica designada DATAS NA HISTÓRIA: Efemérides Courenses, que terminou em Maio depois dum ano de publicação. Fiquei seriamente agradado por verificar aqui a existência dum modelo similar. Apreciei imenso está página, que emana qualidade e interesse, destinada a ser visitada mais vezes. Parabéns.
Enviar um comentário
<< Home