Efemérides vimaranenses: 11 de Novembro
D. Sancho I
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1154 — Nasce em Coimbra o infante D. Sancho, filho de El-rei o vimaranense D. Afonso Henriques.
1543 — Falece em Lisboa, tendo de idade 22 anos incompletos, o infante D. Duarte, arcebispo de Braga, filho natural de El-rei D. João III, que, juntamente com seu primo, o infante D. António prior do Crato, recebeu no convento da Costa a sua educação religiosa e literária.
1702 — Foi proibido pela câmara, a requerimento dos misteres, vender, para fora do termo, carne de porco, pão e feijão, sob pena de 6 mil réis pagos da cadeia.
1822 — Próximo da meia noite, José da Costa e Silva, José de Alpoim e Francisco de Abre Vale, escreventes do cartório do reguengo, com um grupo de indivíduos armados de paus e armas de defesa, foram à porta do botequim (do vago mestre) José Manuel da Costa, que já estava recolhido com a família, quebraram-lhe toda uma sobreposta em que de dia punha as vidraças que à noite tirava, que fica da parte direita, de 12 palmos por 3 da almofada para cima, ficando só a tábua em que estavam pregadas as dobradiças; na janela do sótão quebraram 7 vidros, ficando entre a janela e o caixilho 11 pedras do tamanho de ovos e uma como uma pêra grande. O José Manuel disse que o fim deles era matá-lo, por ser chefe do partido constitucional, sustentando um gabinete de leitura gratuito, cujas vidraças já por duas vezes lhe haviam sido quebradas pelo dito José da Costa; o José Manuel, que fazia discursos para sustentar o sistema constitucional e não consentia discussões no seu botequim sobre o dito sistema. Em 26-2-1814 era sargento de milícias. Faleceu a 28 de Novembro de 1869.
1823 — O D. Prior remete o alvará régio deste mês que ordena seja tratado por excelência o D. Prior actual e seus sucessores na dignidade, ao cabido, e manda-lhe seja lido em sessão capitular, registado e arquivado.
1854 — "A Revolução de Setembro" de hoje, transcreve do "Ecco Popular" o seguinte: - "Os ricos proprietários da cidade de Guimarães vão ter, ou já tiveram, uma grande reunião para tratarem dessa necessidade palpitante de tornar viável o país. Guimarães, com todas as suas tradições históricas, sua indústria, fertilidade e comércio, será brevemente um ermo, em comparação à crescente opulência da cidade de Braga (sua rival) ou mesmo Vila Nova de Famalicão, se seus moradores não tratarem com energia e decisão de auxiliarem o governo nas suas contínuas diligências, de despertar do seu marasmo - as estradas. Nenhuma terra de Portugal tem melhores proporções para empresas desta ordem do que Guimarães, aonde se encontram o patriotismo, a fortuna e a ilustração dos descendentes das mais antigas famílias nobres da monarquiza; e estamos certos que na ocasião de formarem seus planos, os vimaranenses não se esquecerão de um ramal para as Caldas de Vizela se a estrada não passar por lá, e de outra para as Taipas. Bastariam estes dois pontos com suas milagrosas aguas termais, afamadas em todo mundo para muitas moléstias, porém mais especialmente para as cutâneas e reumáticas, para tornar proveitosa uma estrada, mesmo em sentido mercantil, se os habitantes se soubessem aproveitar daquela riqueza natural e aumentassem os confortos dos seus frequentadores pelo estabelecimento de bons hotéis e de passatempos próprios que destruíssem a monotonia e fizessem esquecer o calor que geralmente ali se sofre no estio.
1858 — Às 7 horas e 25 minutos da manhã sentiu-se um abalo nesta cidade e em todo o reino, causando vítimas em Lisboa e Setúbal.
1880 — 5ª feira, de tarde - Teresa Ferreira - a Ruiva - , espancou brutalmente, com um tamanco, sua própria mãe, em plena rua de Santa Rosa de Lima!. Que fera.
1904 — Foi guindada para o alto da frontaria de S. Torcato, a estátua do mesmo, feito de um só bloco, em granito e medindo 3m,30 de alto, trabalhada por João Ribeiro da Silva, artista da obra do mesmo santuário. Tocou uma banda de música e houve foguetes, algumas dúzias delas.
1910 — A Comissão Municipal resolveu: que o Campo da Feira passe a denominar-se Campo da República Brasileira; o largo do Seminário-Liceu, Largo Francisco Ferrer; em Vizela: o Largo Franco Castelo Branco; Praça da República; a rua de S. João, rua Elias Garcia, e a rua do Médico, rua Latino Coelho.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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