Efemérides: 7 de Novembro
D. Maria I
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1385 — D. João I, estando em Guimarães, toma sob a sua protecção a igreja Colegiada, prior, cónegos, concedendo-lhe o privilégio de ficarem sendo seus capelães aposentados, concedendo também todo o Cabido, servidores e domésticos, lavradores e seus mancebos e mancebas e serventes, privilégios «que nem ele nem seus sucessores» pudessem revogar, declarando na respectiva carta o modo como os reis passados os haviam concedido a Santa Maria de Guimarães, a qual carta vem a pag. 242 e 243 das "Memorias Resuscitadas da Antiga Guimarães", pelo Padre Torquato P. de Azevedo.
1733 — É proibido levar pão para fora do termo; sendo perdido metade para o achador e metade para as obras do concelho; isto por ver-se que não eram bastantes as penas do capítulo da correição para cortar o abuso tantas vezes repetido.
1760 — Frei Manuel de Santa Maria Madalena, dominico de Guimarães, como procurador do convento de Amarante, celebrou escritura de contrato com Domingos Gomes Salgado, carpinteiro, morador ao Arco, para o madeiramento do estuque da igreja desse convento, por 330$000 réis, conforme o risco e apontamentos feitos por António Cunha.
1796 — Provisão mandando que os marchantes vendam às religiosas capuchas para sustento das enfermas, entre a mais carne, uma perna de boi e outra de vitelo, se precisa lhe for. Eles a davam ruim.
1816 — O Cabido celebra soleníssimas exéquias pela Rainha D. Maria I (a câmara já as tinha celebrado) em que foi despendida a quantia d e 2:228$245 réis quase toda, com poucas excepções, na sumptuosa eça, abatendo àquela quantia 27$790, produto de madeira que depois se vendeu, ficou a despesa sendo 2:200$455 réis. Vieram músicos de Braga, Porto, Torrados, Fafe, Felgueiras e Famalicão, ajudar os de Guimarães, armação e armadores, além dos de Guimarães, vieram de Braga, Porto e Caldas; pintores e tintas de Braga, etc, etc (meu Lº 2, fl. 157).
1841 — À noite na casa do salteador António Pedreiro, nos baixos da bateria dos Congregados, por detrás do monte de Santa Catarina, no Porto, foi apanhado outro, por nome o Careca, condenado em Guimarães por seus crimes em degredo para a Índia, de onde fugiu para Havana e de lá para Hamburgo e ultimamente por Lisboa para o Porto, onde continuava a exercer as suas habilidades.
1852 — Os terceiros Franciscanos saíram em procissão de penitência, acompanhada de imenso povo, conduzindo a imagem do seu santo patriarca para a igreja de Sta. Clara, onde a deixaram ficar até melhorar o tempo. Nesta ocasião estava em Guimarães uma companhia de animais raros, e entre estes uma vaca com seis pernas, em exposição ao público por 40 réis de entrada.
1863 — O distinto artista gravador vimaranense José Arnaldo Nogueira Molarinho, tendo-se demorado alguns dias em visita nesta sua terra natal, retira para a cidade do Porto onde desde de 1858 era sua residência.
1906 — Julgamento de António de Sousa e Antónia de Macedo "a Tiça", pelo crime de 3 infanticídios; acabou às 4 horas da manhã do dia seguinte, sendo ele condenado em 8 anos de prisão celular, seguidos de 20 de degredo, e ela saíu livre.
1911 — 3ª feira - De manhã apareceu votado abaixo, pela malandragem, o lampião do cruzeiro que estava perto de N. Sra. Guia. - Às 6 e meia horas da manhã principiou a retirar-se, desfazendo-a, a fonte dos Passarinhos, obras de 1869, para edificar escadas de passagem.
1922 — Instalação da 1ª oficina de cantaria marmorista, nesta cidade, numa loja da rua Paio Galvão, pelo mestre e proprietário da oficina, José João da Assunção Neves.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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