Efemérides: 2 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1425 — Carta del-rei D. João I, no arraial de Campo Maior, fazendo doação ao seu vassalo Gonçalo Pires Coelho, da alcaidaria do Castelo de Guimarães com todos os direitos e rendas que a ela pertencem.
1680 — A câmara acordou com a gente da governança e povo trespassar para a Misericórdia o hospital de S. Lázaro com suas rendas, visto já não haver Lázaros, ficando à Misericórdia os encargos do instituidor das ditas rendas; como tudo a ela fora concedido por provisão régia de 7 de Janeiro de 1681.
1821 — O "Diário do Governo" traz uma relação dos padres que tinham pregado a bem do sistema constitucional, segundo as contas dadas pelos ministros territoriais e menciona: "Em Guimarães um religioso de S. Domingos, frei Fortunato do Vale e outro de S. Jerónimo, frei Rodrigo de Meneses".
1829 — Deram alguns foguetes no terreiro de S. Francisco, por se ter acabado a obra de pedra da casa do major do Arco. PL.
1846 — Pelas 8 horas da noite entrou nesta vila o Padre José da Lage com 60 e tantos homens armados. Foram aquartelados na Praça do Toural militarmente, e por ordem do Padre José da Lage. PL.
1852 — O correio, que do Porto partia nas terças-feiras às 8 horas da noite para Guimarães e para toda a direcção do norte, desde este dia em diante partiu às 5 da tarde.
1882 — É apresentada pelo dr. António Coelho da Mota Prego, presidente da Câmara, e aprovada por esta, uma proposta para que ele câmara procure dar cumprimento à lei de 1 de Julho de 1867 constituindo a cadeia comarcã, efectuadas as formalidades que a dita lei estabelece, por a actual não estar de harmonia nem com a filosofia, nem com a higiene, a moral e a caridade que merecem os infelizes presos (ele dr. queria-a dali para fora por que lhe estava defronte da porta da sua morada).
1902 — Domingo - Na igreja de S. Paio, deu-se o desacato seguinte: estando a celebrar-se a missa das Almas, uma súcia de vadios, rapazes de menor idade, sendo alguns já mal afamados, depois de terem toda a noite percorrido as casas das toleradas e as tabernas, onde começaram de embriagar-se, foram dar fundo a um dos botequins, que se conservavam abertos toda a noite e aí acabaram de se embebedar. Um deles ouvindo tocar à missa das Almas, propôs aos companheiros uma partida: "irem rachar a careca ao padre com uma pedra". Foram para a igreja onde fizeram risos, sussurro, falta de compostura e respeito. Dois de entre eles, Sebastião Pinto ferrador e José Ferreira violeiro, lembraram-se de fazer as suas necessidades no chapéu de um pobre velho, fizeram do chapéu um o urinol, e respondiam de chacota ao celebrante, do fundo da igreja, e dirigiam-lhe piadas. à saída da missa o dono do chapéu repreendeu-os, responderam-lhe "Que se calasse, senão que levava três estalos na cara!" Os vadios foram logo procurados pela autoridade que deteve seis para averiguações, andando a monte os dois mais culpados, que depois foram presos, não se mantendo a prisão dos outros por ser menor a sua responsabilidade. O servo, auxiliado por algumas pessoas, teve a boa lembrança de, no final da missa, prender na igreja um dos malandros, e enquanto ele ali ficou fechado à chave e vigiado exteriormente, foi chamar o regedor de S. Sebastião, o qual por sua vez o conduziu à cadeia. O pároco queixou-se ao administrador do concelho que mandou levantar auto de investigação. Em 4 de Fevereiro seguinte foram julgados em processo correccional, o Sebastião, condenado em 15 meses de prisão e 6 de multa a 200 réis por dia e o José em 12 meses de prisão e 3 de multa também a 200 réis por dia. No decorrer dos depoimentos das testemunhas, na ocasião do julgamento, se averiguou a identidade dos 5 restantes malandrins, que também entraram no desacato, e que não foram pronunciados por, na instauração do processo, não serem postos a descoberto.
1902 — Foram arrematadas (vendidas) por 60$500 as três sacristias!!!, de S. José, Senhor Jesus e Santíssimo Sacramento, da igreja de S. Sebastião.
1910 — A comissão Municipal deliberou passassem a denominar-se: o Largo de Franco Castelo Branco, Campo da Misericórdia; a rua de D. Luís I, rua 5 de Outubro; a Avenida do Comércio, Avenida Cândido dos Reis; a Avenida da Indústria, Avenida Miguel Bombarda; a rua Caldeiroa, rua Dr. Trindade Coelho; a rua da Alegria, rua da Liberdade; a rua de Santa Maria, rua Elias Garcia; a rua de Santo António, rua 31 de Janeiro.
1932 — Na estação de Paçô, o comboio colheu o guarda-freio José Maria da Costa, que ficou com a cabeça completamente separada do tronco. Era casado em terceiras núpcias.
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