Efemérides: 3 de Novembro
A Misericórdia
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1611 — Alvará régio mandando fazer Tombo dos bens municipais, e nomeando juiz para fazê-lo o Licenciado João Nogueira.
1674 — A Câmara celebrou a primeira sessão na Casa da Santa Misericórdia, em virtude da ruína dos paços municipais.
1821 — A Câmara oficia à Misericórdia sobre o curativo e remédios para os Expostos, a que ela faltava.
1846 — Saiu desta vila, na direcção de Amarante, o Padre José da Laje com a sua gente armada com que tinha entrado nesta na noite antecedente, sendo muitos deles salteadores e ladrões. No tempo que estiveram nesta vila fizeram bastantes desordens, chegando um a querer desfechar com o caixeiro do Castro, por este não lhe querer dar o dinheiro do aboletamento senão à noite, era quando ele se vencia, e ele quere-lo receber logo. Este insolente trazia o bonet com fitas encarnadas e azuis claras. O Padre José da Laje caiu no desagrado, por pegar em armas nesta ocasião a favor dos setembristas, sendo ele realista, e tendo estes abandonado o mesmo partido setembrista. PL.
1856 — Em audiência geral do tribunal judicial desta cidade, sendo julgado Lino Augusto de Sousa Vera, pintor retratista da cidade do Porto, pelo homicídio involuntário (???) de Simão Caetano da Silva; foi multado em 30 dias a 100 réis e livre da prisão em razão do tempo que esteve preso.
1863 — A Câmara representa a El-rei, contra a mudança do horário do correio, pedindo-lhe determine ele parta do Porto às duas horas da tarde para ser distribuído em Guimarães às nove da noite.
1872 — Domingo - Foi tanta a gente que entrou no circo de cavalinhos que o administrador do concelho mandou proibir a entrada.
1881 — Dá o seu primeiro espectáculo de prestidigitação no teatro de D. Afonso Henriques o distinto prestímano Miguel da Fonseca, que foi muitíssimo aplaudido.
1883 — Por licença solicitada telegraficamente do Ordinário de Braga, foi com alguma solenidade reconciliado o cemitério da Atouguia que estava interdito por nele se ter dado na tarde do dia 1 uma forte cena de pugilato entre mulheres, umas das quais ficara ferida. O acto foi cantado por bastantes eclesiásticos, sendo a despesa à custa de uma das partes da contenda, que fora a mulher de João António Ferreira, violeiro e padeiro, da praça de S. Tiago.
1898 — Fechou-se o arco da ponte da Avenida, lado poente, para a estação de Vila Flor.
1899 — A convite da Câmara, reúnem nos paços do concelho os representantes de colectividades e outras pessoas 20 maiores contribuintes a fim de assentar os meios a adoptar para este concelho não ser invadido pela epidemia que grassava no Porto.
1901 — Sai o primeiro número do semanário "Independente", aos domingos.
1911 — Às 5 e meia horas da tarde chegou a esta cidade, tendo entrada entusiástica o brilhante o dr. António José de Almeida. Às 6 horas no teatro D. Afonso Henriques discursaram o Dr. Alfredo Pimenta, Américo de Oliveira, Amorim de Carvalho e o Dr. António José de Almeida que fez uma conferência de propaganda republicana. Em seguida houve banquete de 50 talheres no grande hotel do Toural. O doutor retirou no dia seguinte para a Póvoa de Varzim.
1919 — 2.ª feira - Principiou a executar-se a Lei das 8 horas de trabalho.
1926 — De tarde, na praça de D. Afonso Henriques (Toural) grande comício contra a pretensão de Vizela querer ser concelho; presidido pelo presidente da comissão administrativa e secretariado pelos Drs. Joaquim José de Meira e António Coelho da Mota Prego.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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