Efemérides: 9 de Junho

O palacete de Francisco Martins Sarmento em finais do séc. XIX.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1571 — D. António de Lima Pereira, alcaide-mor e capitão nesta vila, por D. Duarte, dá procuração, na nota do tabelião Manuel Gonçalves, a seu sobrinho D. Diogo de Lima, camareiro-mor do dito D. Duarte, para, em seu nome, fazer nas mãos do mesmo senhor D. Duarte, menagem e prometimento pelo castelo e alcaidaria-mor da vila; foram testemunhas seu filho D. Pedro de Lima, seu criado António de Azevedo e o doutor Duarte Sanches.

1627 — João Lopes (de Amorim), mestre das obras da Misericórdia, passa recibo de ter em seu poder a traça das obras do hospital, casa do despacho e mais oficinas, em 4 papéis assinados pelo provedor Rui Gomes (Golias) e mais irmãos (de mesa).

1644 — A Irmandade do Cordão de S. Francisco, contrata, na nota do tabelião Francisco Veloso, com o mestre de obras de pedraria, Domingos de Freitas, morador na Rua Caldeiroa, para lhe construir o corpo da igreja do seu hospital, por serem falecidos os mestres Domingos Coelho e Cristóvão Fernandes que lhes haviam feito a capela-mor da mesma igreja.

1706 — É nomeado D. Prior de Guimarães, D. João de Sousa, cónego de Coimbra, sumilher da cortina dos reis D. Pedro II e D. João V, deputado do Santo Ofício em Lisboa e Coimbra e Inquisidor em Lisboa, lugar que largou. Foi nomeado bispo do Algarve, dignidade que não aceitou.

1792 — Registou na Câmara a sua marca João José da Rocha, ourives de prata, desta vila.

1830 — Principia a desastrada obra de reforma da igreja da Real Colegiada. No caderno de despesa da mesma encontram-se lançadas 490 verbas, na importância de 13:718$230 réis.

1849 — Houve uma grande trovoada com chuva e saraivada; a água entrou pela capela dos Terceiros Franciscanos até ao altar-mor; não houve desgraça alguma.

1860 — Havia saído há poucos dias o nº 4 do "Conciliador", jornal vimaranense.

1877 — A convite do dr. Francisco Martins de Gouveia Morais Sarmento, glória dos vimaranenses, visitam as ruínas da Citânia de Briteiros, de que ele era explorador, os conferentes do 1º Congresso Arqueológico Português, que teve lugar na Citânia, que representavam honrosamente as primeiras cidade do reino, a saber: Marquês de Sousa Hölstein, Augusto Soromenho, Possidónio, Filipe Simões, Aragão, Delgado, Luciano Cordeiro, Pereira Caldas, Fernando Castiço, Simão Rodrigues e uma deputação composta do Visconde da Torre das Donas e Câmara Leme, por parte da comissão exploradora das ruínas no monte de Santa Luzia, em Viana do Castelo, representantes do "Diário da Manhã", da "Democracia", do "Comércio do Porto", do "Comércio Português" e da "Borboleta". À noite houve, em sua honra, no palacete do dr. Sarmento, ao Carmo, que estava brilhantemente iluminado, um baile, que lhes foi oferecido em nome da cidade de Guimarães, por uma comissão de distintos cavalheiros, a qual promoveu outros festejos. Durante o baile tocaram, em frente do palacete, duas bandas de música. No dia seguinte reuniram-se em conferência no mesmo palacete.

1889 — Regressou a força militar de infantaria 20, que há meses se achava no Porto a aumentar os corpos ali aquartelados.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.