MESTERES - as nossas gravuras
A Sociedade Martins Sarmento possui uma importante colecção de gravuras, cujo núcleo central integrava o legado de Francisco Martins Sarmento a esta instituição. Trata-se de uma série de mais de 1600 estampas dos séculos XVII-XIX, em cobre, madeira e aço (retratos, alegorias, portadas, brasões, registos de santos, etc), impressas em papel e em pergaminho, que o arqueólogo adquiriu ao musicólogo e historiador de arte Joaquim de Vasconcelos. Esta colecção vem sendo ampliada desde então com novas doações, possuindo hoje em dia quase o dobro dos exemplares.
A colecção de gravuras foi organizada e catalogada a partir de 1925 por A. Tibúrcio de Vasconcelos, que publicou na Revista de Guimarães o resultado do seu trabalho, numa série de artigos intitulados «Colecção de estampas e índices de gravadores”. Posteriormente foi objecto de tratamento e catalogação a expensas da Fundação Calouste Gulbenkian.
O tema desta exposição é os “MESTERES”, antigas profissões, algumas ainda hoje existentes, outras extintas devido à modernização e industrialização, recordando o quotidiano de certos ofícios nos finais do século XIX.
As gravuras identificadas nesta exposição são: vendedora de galinhas no Porto, condutores de tojo de Alcochete, vendedora de roupa em Lisboa, imagem de um lampianista, vendedor de louça, um lavrador com alhos e alecrim, vendedor de água fresca, vendedor de enguias, homem vendendo presunto em Lisboa e retrato de dois saloios, com trajes de festa.
Fazem ainda parte desta mostra, duas vitrinas com alguns livros e objectos etnográficos alusivos ao tema, pertencentes às colecções da Sociedade.
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