Efemérides vimaranenses: 30 de Setembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1589 — Alvará régio fazendo mercê ao licenciado Bento Barbosa, vimaranense, do ofício de procurador da coroa e fazenda real da vila e comarca de Guimarães, que vagara por renuncia do licenciado Manuel Barbosa seu irmão.
1641 — O Cabido de Guimarães requer ao de Braga sede vacante para que seja posto silêncio na causa que o promotor da mitra interpusera contra o mestre-escola, arcipreste e outros cónegos, vigário de S. Torcato e notário Diogo da Barca, por abrirem a sepultura do dito Santo, em 1637, cuja causa estava parada.
1662 — Carta régia nomeando sargento-mor da comarca de Guimarães o capitão Fernão de Lima Lobo, vago por falecimento de Francisco de Abreu Soares. Registrada a 21 de Dezembro de 1662.
1815 — É registada ao ourives de ouro António José Pinto, desta vila, a sua marca.
1828 — Real ordem, assinada pelo conde da Lousã, D. Diogo, presidente da Junta dos Juros dos Reais empréstimos, mandando ao provedor desta comarca proceda imediatamente a sequestro os rendimentos do Priorado de Guimarães, para pronto pagamento de réis 2:757$800 que o D. Prior estava devendo ao cofre da dita Junta, da décima extraordinária lançada aos rendimentos do dito Priorado, pelos 3 anos findos em Junho de 1824. Em 21 de Outubro de 1828 o escrivão da provedoria, Manuel Joaquim Guimarães, com um dos meirinhos da mesma, José António da Silva, foram à praça de S. Tiago a casa de João António da Silva Vilela rendeiro do priorado, que estava ausente, fazer o sequestro e fizeram depositário dos rendimentos sequestrados ao caixeiro e procurador António Pereira Ribeiro, até chegar o patrão. Este pagou em 15-11-1829 e remetido ao seu destino no correio de 16; em metal 1:379$000 réis e em papal 1:378$800 réis.
1844 — Tem esta data a provisão da arrematação, feita em Braga no ano de 1842, do jardim da Ordem Terceira de S. Domingos.
1845 — “Foi o Locot, conde de Laranji e mais as senhoras do Arco” (o Conde tinha vindo de Braga de ver as estradas)” ver a Estrada Nova para o Porto, que se andava fazendo já à tempos. À sua chegada à Cruz da Pedra, deram alguns foguetes e vivas os que andavam a trabalhar na mesma”. P.L.
1885 — Tocaram pela 1ª vez os 6 sinos afinados da torre de S. Domingos que foram solenemente benzidos no dia 27, chegados dias antes, de Braga. O 1.º, dedicado a S. Domingos, pesa 970 kilos; o 2.º, a Nossa Senhora do Rosário, 698; o 3.º, a Nossa Senhora do Terço, 498 (o Abade de Tagilde trocou os números, diz 489); O 4.º A S. Gonçalo, 391, o 5.º a S. Vicente Ferrer, 274; e o 6.º a S. Pedro Mártir, 208.
1886 — Sábado.- De tarde, na oficina do pirotécnico Vila Real, em Vizela, uma filha do mesmo estando a preparar um foguete com dinamite, o qual explodiu, de que resultou incendiar-se a casa e ficar a rapariga e um irmão, cada um dos quais tinha pouco mais de 20 anos, feridos gravemente, e sendo no dia seguinte conduzida a rapariga para o hospital da Misericórdia desta cidade, aí faleceu logo que chegou. Foi a 2ª explosão que houve na oficina; da 1ª ficou o Vila Real sem um braço
1891 — O Arcebispo de Braga concluiu os estatutos da nossa colegiada, que ia reorganizar-se, os quais deixaram muito a desejar.
1903 — Às 10 horas da manhã, em cumprimento da determinação em 27 deste mês da assembleia geral da associação de classe dos curtidores e surradores, foram 1400 operários entregar uma representação ao escrivão da fazenda para enviar ao Governo, depois foram à Associação Artística, à da classe comercial e à Câmara Municipal, entregar representações e pedir auxílio para intercederem a El-Rei, contra o exagerado aumento das contribuições neste ano.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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