Efemérides vimaranenses: 14 de Agosto
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1582 — Por escritura feita na nota de Manuel Gonçalves é dada paga e quitação por Amador de Freitas, mercador, ao juiz de fora, dos duzentos cruzados que, por escritura de 7 deste mês lhe tinha emprestado para soldo dos soldados.
1657 — Alvará régio com as instruções dadas aos desembargadores para a recondução dos soldados fugidos, podendo prender os pais, mães e irmãos dos que não aparecerem. Está registada na Câmara.
1663 — Não houve procissão e festa do Pelote, por dúvidas entre o Cabido e a Câmara.
1747 — A mesa da real irmandade de Nossa Senhora da Oliveira ordena que o fogo de artifício que hoje à noite se havia de queimar em frente à igreja Colegiada, por ser espera da festa da mesma Senhora, fosse queimado defronte do palácio do Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, então residente em Guimarães.
1750 — A Câmara mandou botar pregão, para que nenhuma pessoa que costumasse vender coisas ou género de baetas, lemistes, ou outra alguma fazenda pertencente aos autos, não vendesse por mais do costume, sob pena de reposição e ser castigado severamente. A mesma, escreveu para a vila de Viana ao governador das armas, Sebastião Pereira Mendes, para mandar ordem aos mestres de campo Gaspar Leite de Azevedo e Manuel Alvares Gandarela que vão com as ordenanças e terços da vila e termo no acto da quebra dos escudos pela morte de El-rei D. João V, que havia de realizar-se em quarta-feira 26 deste mês.
1830 — Entrou em 14 de Agosto, António José, da Pisca, Creixomil, casado, sapateiro, 40 anos, soldado miliciano da 3.ª companhia do regimento de Braga, preso pelas ordenanças do seu lugar por barulho que teve em casa com sua mulher, e por ser neste flagrante delito preso, foi conduzido ao juiz de fora e este mandou-o para aqui Foi em leva para o Porto a 27 de Outubro de 1830.
1832 — Principia nesta vila o alistamento para a fundação de uma guarda urbana, composta de escreventes, estudantes, etc. O alistamento foi em casa do corregedor e ele quem promoveu a sua organização. PL
1842 — Na noite de ontem 13, para hoje 14, afogaram-se no rio Cávado, pouco acima da ponte, um egresso, feitor de Domingos Miguel da Cunha Velho, e o escudeiro deste, seriam 8 horas da noite, enquanto o dito Domingos Miguel tomava banho, na sua barraca. O religioso chamava-se Francisco José Pinto de Oliveira Guimarães, do extinto Convento dos Capuchos de Barcelos, natural de Guimarães, e o escudeiro chamava-se Domingos Soares. Neste dia 14, de manhã, o juiz de direito procedeu a corpo de delito no meio do areal onde estavam os cadáveres, sendo muito grande a concorrência de povo : o 1º sabia nadar, o 2º não; supõe-se que este agarrou aquele, e assim, lutando morreram; estavam muito feridos. Este acontecimento consternou a vila de Barcelos, pois eram excelentes sujeitos.- Periódico dos Pobres no Porto.
1846 — Mandou o administrador do concelho prender duas peixeiras, por estas não quererem pagar os direitos que a antiga Câmara tinha lançado ao peixe. PL
1854 — A Câmara representa a El-rei, pedindo o Convento do Carmo para asilo da 1ª infância desvalida, pois tinha há pouco morrido a última freira.
1857 — Não se fez a festa do Pelote, sem para tal haver motivo, em 1887 idem, por a Câmara estar sem orçamento aprovado e a reger-se pelo do ano anterior quanto às despesas obrigatórias, devido ao conflito Bracaro-Vimaranense; em 1904, por causa das festas jubilares de Nª Senhora.
1880 — Suspenderam-se na Penha, por falta de meios, as obras do aformoseamento dos terraços que haviam principiado em Maio. Ficou o relicário pronto de pedreiro e carpinteiro, menos o soalho e o assento do telhado a cal e areia. Ficou igualmente pronta a varanda, pátio e escadas em volta do mesmo relicário, e já bastante pedra aparelhada em esquadria para um chalet, que se projectava levantar em colunas de pedra que já lá estão e eram do antigo claustro - parte superior - do Convento de S. Domingos. Obtivemo-las por 7$000 réis em arrematação pública da Câmara, com mais o pedestal e cruz do antigo cruzeiro da Senhora do Rosário, ultimamente apeado do Toural. No dia 23 de Novembro principiou-se a assentar o telhado do relicário a cala e areia. - Padre Caldas.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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