Efemérides vimaranenses: 5 de Julho
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1606 — Foram vendidos 8 esteios que estavam na Rua da Cadeia a seis vinténs cada um, por não serem ali necessários e não se ter feito a obra para que eram destinados.
1704 — Carta régia, da infanta D. Carlota rainha de Inglaterra, Escócia, França e Irlanda, regente na ausência de seu irmão D. Pedro II, nomeando juiz de fora com alçada o dr. João Barbosa Teixeira (Maciel).
1809 — A Câmara, em cumprimento da carta de ofício do corregedor da comarca, datada deste dia, para nomear duas pessoas, uma por parte da nobreza e outra por parte do povo, que na tarde do dia de amanhã assistissem à Junta de Cabeça de Comarca: elegeu por unanimidade o dr. José Salgado da Cruz, pela nobreza e o negociante Manuel António de Carvalho, pelo povo, as quais, sendo-lhe mandado parte para estarem às horas determinadas, assim o prometeram fazer.
1846 — Domingo.- Festejou-se, pela 1ª vez, Santa Filomena, colocada na capela dos Terceiros Franciscanos, com missa cantada, exposição todo o dia, sermão, havendo na véspera muito fogo e à tarde procissão acompanhada das irmandades da casa e das Ordens 3ªs de S. Francisco e S. Domingos, indo a Santa em um andor. Percorreu as ruas costumadas das procissões que saiam de S. Francisco; foi feito no seu dia próprio esta festividade.PL
1854 — Neste dia ( e não em 14 de Julho, como diz o padre Caldas no "Guimarães, apontamentos para a sua história", vol.1, pág.155, e alguns jornais desta cidade, em efeméride) foi a catástrofe na construção do teatro de D. Afonso Henriques, como se vê dos livros respectivos de entradas e óbitos no hospital da Misericórdia, pois neste dia deram entrada nele : Francisco José Fernandes, solteiro, carpinteiro, natural de S. Mamede (?), Manuel José Antunes, de 30 anos, casado, carpinteiro, de Briteiros, António Alves, natural e residente em Adaúfe, 50 anos, filho de Maria Fernandes, solteira, casado com Josefa da Silva, carpinteiro. Todos faleceram da queda; os 2 primeiros neste mesmo dia da entrada, em que tão mau era o seu estado que não puderam dar esclarecimentos, e o 3º faleceu no dia 9 deste mês, sendo todos 3 sepultados na igreja dos Capuchos. O livro das entradas chama ao 1º Gonçalves e o dos óbitos Fernandes. Morreram mais 2 operários, mas não entraram no hospital porque tiveram morte instantânea.
1856 — Diz um jornal de Braga (?), que neste dia houve uma explosão em Guimarães, em casa de um fogueteiro, em que ficaram mal tratados ele, mulher e 2 filhos.
1863 — Domingo. - Romaria de S. Torcato; houve sossego. Às 3 da tarde houve, no Eirado do Forno, grande desordem; não apareceu nem um só polícia.
1899 — A Câmara Municipal resolveu representar às câmaras legislativas pedindo que a proposta de lei sobre tuberculose não seja aprovada na parte em que obriga a concorrer para o fundo especial com os subsídios das câmaras municipais, custeada pelo fundo da viação municipal e com a décima parte da receita ordinária das instituições de piedade.
1904 — Nas obras do Liceu o operário Sebastião, viúvo, residente na Rua de Santa Cruz, caiu da altura de 10 metros, ficando com uma perna bastante fracturada e gravemente contuso no corpo. Imediatamente recolhido ao hospital da Misericórdia, durou 4 horas. Deixou 4 filhos.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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