Efemérides vimaranenses: 4 de Julho

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1780 — Patente para António José da Silva, ourives, desta vila, servir o cargo de vice-cônsul dos reinos das Sicílias, Nápoles e Jerusalém, no porto de Fão.

1827 — Luminárias e fogo do ar no Toural por ser o aniversário natalício da srª infante D. Isabel Maria. PL

1828 — O cónego Paulo de Carvalho Machado e Melo oferece, em nome do Cabido, ao general D. Álvaro da Cosra de Sousa Macedo, que aqui passava neste dia com as tropas do seu comando a encontrar os constitucionais que retiravam para a Galiza, 142 pares de sapatos, que ao preço de 400 réis o par, importaram em 56$800 réis (reduzido a metal, 50$550 réis), para a s ditas tropas, cuja importância só foi paga em 5 de Fevereiro de 1829, visto que quando o oferecimento foi feito, se achavam dispersos os membros do Cabido.

1829 — Vistosa iluminação no adro de S. Sebastião (à qual assistiu o general da província, D. Álvaro, que aqui se achava) por ser no dia seguinte a festa do Santíssimo na mesma igreja. PL

1854 — "A Revolução de Setembro" deste dia transcreve do " Moderado" as notícias seguintes: Em favor dos habitantes de Mourilhe há pouco devorada pelas chamas, está o sr. Arcipreste de Guimarães promovendo uma subscrição.

1880 — Domingo da romaria a S. Torcato. Esmolas em dinheiro ao santo: em 1886, 2:823$835 réis; em 1880, idem 2:537$295 réis; em 1897, idem 4:012$620 réis fora o ágio; em 1926, 40:944$400, ouro e cera; em 1920, 10:518$205 réis incluindo 139 dramas de ouro e 68 libras e meia, cera 66,750 gramas; em 1915, 4:497$170 réis incluindo 85 e meia libras, duas peças de 8$000 réis, duas moedas de 5$00 réis, e 120 gramas em objectos de ouro, 72,450 gramas de cera; em 1909, idem 4:898$135 réis incluindo 9 e meia libras, uma moeda de ouro de D. Pedro II do Brasil, objectos de ouro com peso de 5 gramas, uma junta de bois e 1 boi, 1 relógio de prata e 67,5 de cera.

1890 — Chega no comboio, às 3 horas, vindo de Lisboa, Francisco Ribeiro Martins da Costa. Foi esperado e festejado na estação de Vila Flor por um grande número de seus amigos e patrícios, queimando-se nessa ocasião algumas dúzias de foguetes e tocando uma banda de música, manifestação com que queriam demonstrar-lhe o reconhecimento geral pelos seus dedicados serviços no bom caminho das questões "restauração da Colegiada" e "construção da avenida para a estação de caminho de ferro" por que esta cidade se empenhava.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.

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