Efemérides vimaranenses: 15 de Abril
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1465 — João de Resende arcediago de Neiva e mestre escola da Real Colegiada requer, perante o tabelião Nuno Gonçalves, a Inês Martins que estava doente em casa de Maria Anes, sua nora, lhe desse relação por instrumento público, dos bens e alfaias pertencentes à Confraria dos Fiéis de Deus, erecta na igreja de S. Tiago de Guimarães de que ele mestre escola era padroeiro, cuja confraria ele administrava há 41 anos; e logo a dita Inês Martins, mãe de Antão Martins, já falecido, deu o dito instrumento ao cónego mestre, o qual se guarda no arquivo da Colegiada, e entregou os tais haveres a Martim Neto, rogando-lhe se encarregasse de administrar a mesma confraria. O dito João de Resende tinha alcançado do Papa Eugénio uma Bula com grande cópia de indulgências para a confraria.
1624 — O Arcebispo D. Afonso Furtado de Mendonça visita pela primeira vez a igreja de Fermentões, e, entre outras coisas, manda: "O senhor D. Prior mande fazer uma casa na parte mais acomodada da freguesia para o vigário residir dentro dos limites dela como é obrigado, dentro de uma ano, sob pena de dez cruzados; e entretanto dará ao mesmo vigário mil e quinhentos reis para aluguel de uma casa por ano, e não fazendo a dita casa, ou não pagando os ditos mil e quinhentos reis para aluguel como fica dito, o vigário desta igreja ponha sequestro nos frutos dela, sob pena de suspensão o não levante sem nosso especial mandado" - "Mandem (os fregueses) forrar o corpo da igreja e fazer um púlpito de madeira dentro de um ano sob pena de dois mil reis e enquanto se não forrar a mandem retelhar para que não chova nela". A carta de visitação foi assinada pelo Arcebispo em Guimarães a 30 de Maio de 1624.
1642 — Faleceu neste dia, sendo sepultado na igreja de S. Francisco, junto do altar dedicado às Chagas de Cristo, o antiquário André Afonso Peixoto, natural de Guimarães. Era filho de Manuel Afonso de Freitas e de D. Isabel Peixoto e descendia dele o falecido conde de Vila Pouca. Era fidalgo da casa real, capitão de infantaria e herdeiro da riqueza e nobre geração dos seus passados, diz o sr. Abade de Tagilde, acrescentando o seguinte: "Paciente investigador das antiguidades, aplicou-se à investigação minuciosa, difícil e enfadonha das antigas inscrições em que o nosso país tanto abunda e que coligiu em diversos livros que escreveu, por sua própria mão, que à data do seu falecimento se achavam prontos para entrarem no prelo. Algumas destas obras, como afirma Barbosa Machado, conservam-se nos Conventos de Pombeiro, junto a Felgueiras e da Serra, junto ao Porto. Onde estarão hoje? É provável que na Biblioteca do Porto, se não foram para a loja de algum negociante que nelas empacotasse açúcar ou arroz. Grande antiquário na frase de Cronista dos Cónegos Regulares, compôs "Memórias Históricas e Antiguidades de Guimarães" cuja obra não pudemos encontrar e de que não podemos por isso dar ampla notícia. É porém seu título bastante para lhe assinarmos o lugar de primor escritor dos fastos gloriosos de Guimarães."
1866 — Soleníssima 1ª comunhão de meninos de toda a cidade na Colegiada, os quais vieram processionalmente da basílica de S. Pedro; foi a expensas de José António Vieira "O Tamanqueira", filho, que quando faleceu era pobríssimo.
1891 — Reuniu-se a Irmandade de S. José e deliberou sair da igreja de S. Sebastião, que ia ser demolida e mudar-se para a das Capuchas.
1905 — A Câmara Municipal representa ao Governo, pedindo providências para o estado angustioso em que viviam as classes pobres do norte do país e em especial as desta cidade, pela falta de trabalho e excessiva carestia dos cereais, especialmente de milho grosso.
1906 — À noite foram vibradas 11 facadas em António Clemente, viúvo, da freguesia de Brito, deu entrada no hospital da Misericórdia, gravemente.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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