Efemérides vimaranenses: 8 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1624 — Faleceu na cidade da Ribeira Grande, na ilha de S. Tiago, onde estava residindo, o bispo de Cabo Verde, D. Manuel Afonso da Guerra. Era natural de Guimarães, e filho de Salvador Gomes e de D. Maria Gomes da Guerra. Ilustrou o seu nome e a sua pátria pelos estudos, cursando direito pontifício na Universidade de Salamanca. Achando-se em Lisboa em 1619, pregou um sermão de S. Tiago, depois impresso em 4.º, em presença do intruso Filipe II, que o nomeou membro honorário do seu conselho, sendo elevado a bispo de Cavo Verde em 1622. – Vide Dicion. “Portugal”, vol. 3, pág. 861.
1703 — Alvará régio autorizando o tombamento dos bens do convento de Santa Clara de Guimarães. Acerca do livro em que foi feito, diz Oliveira Guimarães, Abade de Tagilde. – É um volume in folio em que se acham os prazos dos bens do convento, de cujo tombamento foi o juiz licenciado Manuel Luís de Meireles, foi feito neste mesmo ano de 1703, acha-se muito bem conservado, encadernado em forte capa encourada, e contém 394 folhas, além do índice com 7 folhas enumeradas e 2 no princípio, também enumeradas, na primeiras das quais se vê a imagem de Santa Clara, e na segunda o seguinte dizer: “Tombo das propriedades, rendas e foros deste convento de Santa Clara de Guimarães, ano de
1817 — A Câmara, tendo em vista “achar-se o terreiro do Campo da Feira com a parada do regimento de infantaria aquartelado nesta vila, todos os dias de manhã assim como nos dias sábados de tarde, com os recrutas do mesmo regimento, causava transtorno tanto aqueles actos, como à venda dos objectos em que comerceiam as tendeiras volantes nas feiras públicas volantes que nesta vila se fazem nos dias sábados, o que era necessário obviar”, determina por unanimidade “que as referidas tendeiras fossem mudadas com a suas lojas para o terreiro de Nossa Senhora da Misericórdia ficando ali estabelecidas em linha recta desde a esquina das casas de António do Couto Ribeiro até à Cadeia e que os vendedores de madeira sejam mudados para o terreiro de Santa Clara”, cuja determinação seria notificada aos referidos interessados para assim a executarem, sob pena de condenação de seis mil réis pagos da cadeia.
1835 — Indo José de Almeida e mulher, António Fernandes, e António Exposto e mulher, todos de S. Tiago de Candoso, cumprir o preceito quaresmal, o pároco Manuel José de Carvalho lhes disse que não os desobrigava, não lhes tendo antes querido perguntara doutrina, porque lhe deviam as ofertas vencidas na Quaresma passada, e instando eles respondeu-lhes, fossem desobrigar-se onde quisessem, dando-lhes o bilhete que dizia: “O Portador não tem pago os direitos à igreja”. Ele entrou para a igreja de Mascotelos no tempo de D. Miguel e depois de lhe agregarem a de Candoso por ser expulso o pobre velho pároco desta (padre João Álvares), e era este a quem eles já haviam pago tal oferta por lhe pertencer, e não a ele que a não venceu.
1855 — A Câmara Municipal representa a El-rei pedindo a água do convento do Carmo para dois tanques no Cano e Quartel.
1862 — Decreto agraciando com o título de Barão da Nova Cintra, José Joaquim Leite Guimarães, natural da freguesia de S. João de Penselo.
1864 — Terça-feira. Pelas 6 e meia horas da noite formou-se rapidamente sobre esta cidade uma fortíssima trovoada, que despediu copiosíssimos aguaceiros, e uma faísca eléctrica, a qual, dando na torre da igreja de S. Domingos, lhe derrubou algumas pedras da cornija e deslocou outras, e metendo-se depois para dentro da igreja, fez aí consideráveis estragos. Atirou com duas pedras da cornija da torre acima do telhado da casa grande dos brancos, e outras pedras da grimpa caíram ao telhado da igreja e quebraram barrotes e solho e a cornija de pedra na porta que dava entrada do claustro para a sacristia. O raio entrou por cima do altar de Nossa Senhora do Rosário, tostando-lhe o ouro, quebrou os vidros das frestas e da vidraça do mesmo altar, andou em volta da Senhora sem lhe fazer ofensa, nem mesmo ao manto e flores que tinha, veio abaixo atirou com os castiçais da banqueta, menos a cruz, queimou parte da toalha do altar não ofendendo o pavimento do sacrário, entrou na capela de S. Pedro Mártir, onde então estava a imagem de S. Domingos, andando em volta dela, sem lhe queimar o hábito nem as flores, apenas quebrando a vidraça, dali veio ao altar de S. Gonçalo, arrancou os dois pilares do altar e uma tábua do solho junto à grande e uma tampa de sepultura próximo do ao altar de N. Sra. do Rosário e daí se sumiu. Só no dia seguinte foi dado fé, quando abriram a igreja. Isto foi motivado por estar instalada no convento a estação telegráfica.
1896 — Na noite para a manhã desabou parte de um escadório da Penha, entre a 2.ª e a 3.ª capela Passos, descendentes, o qual estava pessimamente construído.
1902 — Dá entrada no tesouro de N. Sra. da Oliveira uma relíquia do Santo Lenho que ao mesmo tesouro legou o general reformado Tomás Júlio de Sequeira, a qual havia dado o Pontífice Pio VI, ao pintor Sequeira, tio dele general.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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