Efemérides vimaranenses: 6 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1348 — É desta data a pública foram do título de colação de João Domingues, escolar, em reitor da igreja de Santa Maria de Silvares, passada pelo tabelião Pêro Salgado, cujo original apresentou o cónego Martinho Diogo, por mandado de D. Rodrigo Peres, prior de Guimarães, e deão de Évora. Esta pública forma existe no arquivo da Colegiada (pergaminho nº 63) e é um dos documentos com que Crasbeck pretende provar a existência de um prior a que chama D. Rodrigo de Oliveira, 12.º na lista dos priores da Colegiada, dando como 11.º D. Rodrigo Pais. O abade de Tagilde, João Gomes de Oliveira Guimarães, examinando este e outros documentos, é de opinião que destes dois priores se deve fazer apenas um, cujo nome Rodrigo Peres, o qual ocupou o cargo todo o tempo atribuído aos dois; trata esta questão na “Revista de Guimarães”, T. XIII, pág.
1776 — Alvará extinguindo a capela do Bom Jesus do Calvário, em Garfe, termo de Guimarães, a requerimento do capitão Bernardo Filipe da Fonseca Araújo e Barros. – Chanc. D. José, lº 13, fl. 252. -
1779 — Provisão régia ordenando ao provedor da comarca se informasse com exactidão se os professores régios de filosofia, retórica, língua grega, gramática latina, e mestres de ler e escrever estabelecidos no distrito de sua jurisdição cumpriam não só com as suas obrigações literárias, assistindo nas suas aulas de filosofia, retórico e grego duas horas da manhã e duas de tarde; os de gramática latina e mestres de ler, 3 horas do mesmo modo, mas também: se ensinavam pelo mesmo método ordenado pelas instruções para os professores das escolas menores destes reinos de 328 de Junho de 1759, e se cumpriam ao mesmo tempo com as suas obrigações cíveis e morais, fizesse participante as câmaras e logo que os professores e mestres não cumprissem comas suas referidas obrigações ou as aulas se achassem vagas, deviam dar parte, como eram obrigadas, à mesa censória, e mais lhe ordenava informasse se havia alguma pessoa que ensinasse sem ter licença do régio tribunal, e, havendo, a fizesse suspender do exercício de ensinar e fazer termo com as cominações da lei de o não fazer sem licença régia, e do que achasse e fizesse daria logo parte pela mesa censória.
1780 — Patente do cônsul geral de El-rei das Sicilias, Nápoles e Jerusalém, no reino de Portugal, para André Coelho Rodrigues, homem de negócio nesta vila de Guimarães, servir de vice-cônsul na mesma vila e no impedimento de um seu cônsul deputado na barra de Matosinhos e seu porto.
1794 — O Cabido aceita por 2.300$000 réis o legado de uma missa quotidiana no altar de Nossa Senhora da Conceição, da Colegiada, deixado pelo cónego João de Araújo “O Pássara”.
1801 — Carta régia, expedida de Queluz, ao D. Prior de Guimarães, ordenando-lhe que no mais pequeno prazo possível, faça inventariar e pesar todas as pratas das igrejas da sua Ordem (?) e as faça recolher ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, Tomar ou Palmela, escolhendo deste o que melhor lhe convier, e se entenda com os generais das províncias e dos exércitos a fim de que no transporte não haja o menor descaminho. Outrossim ordena-lhe que o inventário das mesmas pratas, feito com escrupuloso cuidado, o faça remeter ao Real Erário.
1865 — Começaram os estudos preliminares de uma estrada de comunicação desta cidade com a vila de Lousada.
1871 — Julgamento dos 3 hereges de Lordelo, entrando na conta o capataz, um carpinteiro que na inteligência e probidade podia ser apresentado como um modelo aos artistas. Era um maníaco religioso, que se afastava de alguns pontos das doutrinas católicas, principalmente em não admitir a confissão auricular. O homem salva-se pela inocência ou pela penitência, dizia ele. Não se julgando entre os da 1.º categoria, penitenciava-se todas as noites e achava grave pecado que a criatura, passasse regaladamente uma noite inteira, sem a intervalar com uma dose de disciplinas. Maior penitência que esta lhe tinham dado os patrícios, correndo-o frequentes vezes à lapada, mas, como a ele e a seus discípulos nenhuma lhe tivesse ainda acertado, tomava este caso por milagre e mais se convencia de que andava nas vias de Deus. Prescindiu das testemunhas de defesa, porque sabia que o depoimento que iam dar a seu favor as tornaria mal vistas na freguesia e não queria que sofressem por sua causa; além de que não era nos homens, mas em Deus que ele confiava. O ministério Público mandou perfeitamente na acusação. Os réus foram condenados em 25 dias de prisão. Quando eram conduzidos do tribunal para a cadeia, foi preciso, à Porta da Vila recolherem-nos dentro de uma loja e pedir reforço de tropa para os livrar do furor da populaça, que não era digna decerto de desatar as correias dos sapatos do Capital, como os discípulos apelidavam o carpinteiro. Os condenados foram António José Ferreira, carpinteiro, António Pereira Cardoso, casado carpinteiro, do lugar de Lobazim e José Rodrigues, casado, jornaleiro, do lugar de Lobazim, todos 3 de Lordelo.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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