Efemérides vimaranenses: 13 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1652 — Alvará, em virtude da resolução régia de 29 de Fevereiro de 1562, sob consulta de 17 do mesmo, concedido a requerimento da Câmara de Guimarães e autorizando a construção de duas pontes, Santa. Luzia e Campo da Feira, que já tinham andado em pregão, tendo sido arrematada a 1ª pelo mestre pedreiro Pêro Lopes, morador no Guardal em preço de1.200$000 reis, e a 2ª pelo mestre António de Castro, morador no Assento da freguesia de S. Martinho de Sande, em preço de 580$000 reis, sendo as duas importâncias distribuídas pelas comarcas de Braga, Porto, Lamego, Viseu, Miranda, Guarda, Torre, Leiria, vilas de Esgueira, Castelo Branco, e Viana foz do Lima, passado seus precatórios aos provedores das comarcas das ditas cidades e vilas, em que se iria incorporado este alvará, com a quantia declarada que coubesse a cada uma das ditas comarcas, para cada um na sua a repartir e lançar no cabeção das sisas, e fazerem arrecadar com brevidade o dinheiro dela e o enviarem ao cofre que para isso ele dito provedor de Guimarães mandaria ordenar, que seria de 3 chaves e entregues a pessoas de sua confiança, com livro de receita e despesa, e como lhe viesse o dinheiro iria acudindo com ele aos ditos mestres, conforme fossem fazendo as obras. O contrato das obras foi feito em 14 de Abril de 1652, as quais deviam concluir-se a 1ª no prazo de um ano e a 2ª em dois anos. A do Campo da Feira teria de comprido 400 palmos, começando da banda da Ermida aos 3 degraus primeiros abaixo do cruzeiro e acabando onde o nível e medida o pedisse, de largura 60 palmos por causa das muitas Irmandades que se juntam na procissão de Passos, sempre lajeada de esquadria e com socalcos da banda da Fonte do Abade, guardas de 4 palmos de alto e por dentro delas assentos de 2 palmos de alto de uma e outra parte. Terá de alto a ponte 20 palmos, 3 sangradeiras que tomem a volta e corrente do rio com seu corta-mar, uma escada para a fonte das Ameias e outra para o caminho que cai para a fonte do Abade com corrimões de banda do rio, outra escada para o rio que fica defronte da rua da Ramada e outra para o Portelo das Hortas de Soalhães mais estreita de feição que fique o rego por baixo. A pedra que está na ponte velha será do mestre. A do rio Herdeiro, de Santa Luzia, terá de comprido 660 palmos desde o penedo defronte do cruzeiro da parte da vila até um teso da parte da Conceição ao pé do qual começa o lameirão, toda em linha direita e ladrilhada de esquadria, a largura será de 16 palmos em vão, terá 1 arco de 31 palmos de largo e 26 de alto, guardas de esquadria de 4 palmos de alto e de grosso 1 palmo e quarto, uma escada para a fonte de largura 8 palmos e degraus os necessários.
1712 — Os fregueses de S. Paio de Moreira de Cónegos obrigam-se, por escritura, à fábrica do azeite da lâmpada do Santíssimo Sacramento, colocado o sacrário no altar de Santo António.
1713 — A Câmara Municipal escreve ao governador das armas da província, respondendo à carta do mesmo, sobre o mandar alistar soldados pelo capitão-mor. Francisco Carneiro, dizendo, o não embaraçava, mas só queria recorrer a El-rei quando ele abusasse da comissão que trazia “matando ferindo ou estropeando a gente da ordenança nas tormentas que não pode dar tendo o meio das prisões outros castigos moderados” etc. A carta, que não vi, parece que ameaçava de mandar tropas para vila.
1747 — Os fregueses de S. Pedro de Azurém obrigam-se por escritura a sustentarem de azeite a lâmpada e mais ornamentos para colocação e permanência de Sacrário na sua igreja paroquial.
1784 — A Rainha D. Maria I concede beneplácito ao Breve do Pio VI, para o Cabido de Guimarães rezar o ofício divino e celebrar missa conforme o calendário dos cónegos regulares de Santo Agostinho, da congregação de Santa Cruz de Coimbra.
1831 — Acabou de pregar
1848 — Morreu na cidade de Lisboa João Baptista Felgueiras, fidalgo da casa real, comendador da Ordem de N. Sra. da Conceição de Vila Viçosa, ministro de estado honorário e membro do supremo conselho de justiça. Era natural desta vila e senhor da casa das Hortas, e era filho do defunto desembargador Manuel Baptista Felgueiras. P. L.
1869 — O meu professor primário Francisco António de Almeida, benemérito iniciador e instituidor do Asilo de Santa Estefânia, assiste na colegiada com os seus discípulos dos quais eu fazia parte, a uma missa que ele mandou celebrar pela alma de José Miranda de Carvalho, falecido em Viana, que havia deixado 8 contos de réis nominais em inscrições ao dito asilo e igual quantia à nossa Misericórdia.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
Mais efemérides deste dia: ler.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home