Efemérides: 13 de Março

Ruínas do Paço dos Duques de Bragança, em 1890, quando serviam de quartel ao Regimento de Infantaria n.º 20.

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1866 — A Associação Comercial representa ao Governo, pedindo-lhe a permanência de um corpo militar nesta cidade.

1872 — À noite saiu a banda de música “Boa União” e houve foguetes, percorrendo as ruas da cidade, menos a do Gado que era onde morava o juiz de direito, em regozijo pela Relação do Porto mandar por acórdão deste dia levantar a suspensão que o dito juiz, Francisco Henriques Seco havia imposto ao advogado Dr. Avelino da Silva Guimarães e a outros advogados. Às 9 horas da noite, à porta da morada do referido juiz, na casa dos Laranjais, estoiraram algumas bombas. A Autoridade administrativa e o mesmo juiz investigaram perguntando testemunhas: se isto foi verdade e se nesta noite andou algum troço de amotinadores por algum ponto da cidade vociferando injúrias contra o juiz de direito, se esses amotinadores foram à casa do mesmo juiz afrontá-lo e provocá-lo; se eram capitaneados pelo administrador substituto Francisco Ribeiro Martins da Costa.

1880 — Conclui-se a pintura na sala das sessões da Câmara, ficando a antiga pintura alegórica num caixilho a claro-escuro, e assim ornamentado o tecto. Foi desenhado por Francisco Joaquim Gomes Sta. Cruz e pintado por este e pelo cenógrafo portuense Lima. Custou este trabalho e o retoque da alegoria 140$000 réis. Serviu este salão a 1ª vez, depois de assim arranjado, na cerimónia pública do tricentenário de Camões.

1882 — Principiaram em Vila Flor (cavalinho) os trabalhos de construção da via-férrea de Guimarães a Bougado. Pararam em Novembro os de toda a linha.

1883 — O deputado por Braga, José Borges, apresentou na câmara dos deputados uma representação da câmara de Braga, pedindo que se procedesse aos estudos para a construção do caminho-de-ferro que ligasse aquela cidade com o de Guimarães.

1885 — Vinda de Braga, chega a companhia equestre e acrobática de Mr. Lecusson, que há anos funcionara nesta cidade, e no dia seguinte, 14, dá o seu 1º espectáculo em circo provisório no terreiro de Sta. Clara.

1918 — O cadáver de Álvaro “cadeireiro”, ensamblador e bombeiro voluntário, foi conduzido ao cemitério pelos Bombeiros Voluntários na sua carreta, acompanhado pela banda de música dos “Guises”. Foi o 1º cadáver que deu entrada e teve os responsos na capela do cemitério, depois que ela havia sido secularizada pela implantação e regime da república.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.