Efemérides vimaranenses: 11 de Março
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por
1254 — Por uma carta de El-rei D. Afonso III, dada em Leiria, foram dispensados os moradores do “Burgo” de Guimarães de dar em jeiras para a obra dos muros da “vila do Castelo”, antiquíssima povoação obrigada pela torre que serve de centro ao Castelo de S. Mamede, e que com toda a probabilidade estava circunscrita ao terreno que actualmente constitui a freguesia de S. Miguel do Castelo. Os “burgueses” de Guimarães, esses que a carta de D. Afonso III veio dispensar de darem jeiras para a reparação dos muros da “Vila do Castelo”, eram os habitantes da “vila vimaranense”, povoação que se foi criando ao sopé do monte em que aquela assentava, e que nos princípios do século X, se foi enriquecendo com o convento fundado por Mumadona.
1521 — Alvará de El-rei D. João III confirmado por outro de 16 de Dezembro de 1522, em Lisboa, fazendo mercê a seu sobrinho D. Jaime duque de Bragança e de Guimarães, da jurisdição da vila de Guimarães, que ele tinha em sua vida somente, por seu falecimento fique e a tenha qualquer de seus filhos ou filhas que ele nomear, e for filha dispensado na lei mental, para a sua jurisdição, e não nomeando suceda o mais velho.
1560 — O Arcebispo D. frei Bartolomeu dos Mártires faz visitação à igreja de Santa Eulália de Fermentões, onde era capelão confirmado Bartolomeu Gomes, e, entre outras coisas, manda o seguinte: “temos por informação que nos votos e clamores que os fregueses fazem há algumas superstições indecentes e despesas desnecessárias e abusos de que se segue pouco serviço de Deus, ordenamos que os ditos fregueses com os tais clamores não vão fora de sua igreja em que são obrigados a nela ouvir missa, e querendo os fazer nos mais dias lhe mandamos que não vão a eles como passar de légua antes os façam ao redor da igreja andando em procissão e ou indo a uma ermida dentro da mesma légua porque para mais longe os desobrigamos e dispensamos com eles; e outro sim sob pena de mil réis lhe mandamos não comam nem durmam nas igrejas onde forem nem à custa da confraria nem para isso façam finta, e se a tal confraria tiver rendimento o aplicamos para sua fábrica da igreja e com as ditas procissões não irão a outeiros nem a penedos, mas as igrejas ou ermidas em que se possa dizer missa, nas quais procissões dirão a ladainha somente, e não clamarão sob a mesma pena para o que mandamos ao dito cura que nas ditas procissões os acompanhe e lhe diga a ladainha sob pena de quinhentos reis.”
1847 — Houve uma grande desordem no Campo Feira, em casa do Domingos da Costa (Vaz Vieira), entre um sargento dos voluntários desta vila e o filho do mesmo Domingos da Costa, chegando este a dar um tiro de pistola no sargento, não o ofendendo. Esta desordem foi por causa de abotelamento. À noite tocou a reunir o batalhão daqui para dar patrulhas e mais o de Fafe, para fazer com que não houvessem desordens, pois os voluntários tencionavam quebrar vidraças. P. L.
1854 — Dois almocreves que iam de Guimarães foram assaltados por dois ladrões, próximo à Ponte da Travagem, um dos almocreves pôde escapar-se e gritar, o que obrigou a fugir os tais meliantes.
1876 — Decreto autorizando, por utilidade pública as expropriações da velha alfândega.
1887 — O Núncio, em resposta confidencial ao ofício que os 3 cónegos existentes lhe dirigiram em 4 do corrente mês, pedindo-lhe a sua protecção para conservação da Colegiada, pelo menos até à morte do último, isto motivado pelo alarme dado por alguns jornais, da próxima extinção que ia executar-se da mesma, diz ao cónego presidente que o ministro dos estrangeiros o informara verbalmente não ter fundamento tal notícia.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de
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