Efemérides vimaranenses: 17 de Novembro
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1372 — Carta de el-rei D. Fernando, escrita em Leiria, mandando que, sem especial ordem, os 20 besteiros que na vila de Guimarães havia, não saíssem para fora dela e somente servissem guardando-a e defendendo-a.
1441 — Carta de el-rei D. Afonso V, datada em Santarém, concedendo a Isaac Marques, ourives de Guimarães, possa andar em besta muar, de sela e freio.
1451 — Afonso Vasques Peixoto, casada com Joana Gonçalves, filho de um abade de S. Romão de Arões, institui o vínculo de Sezim, (casal na freguesia de Santa Eulália de Nespereira) nomeando administrador do vinculo seu sobrinho Afonso Martins de Freitas. Mandou o enterrassem no monumento de Santa Maria da Oliveira e deixou um casal com obrigação anual de uma missa em S. Romão por ele, seu pai e Rui Vaz Peixoto.
1685 — São solenemente conduzidas para a Colegiada numerosas relíquias de Santos, encontradas nas paredes do antigo mosteiro de S. Torcato, já há muitos anos que não existem na Colegiada.
1763 — A Relação do Porto profere sentença cível de apelação a favor do abade de S. Miguel do Castelo e contra o doutor procurador do tombo da Rainha, julgando que as oliveiras plantadas junto aos paços dos duques de Bragança, lado norte e poente até à esquina dos mesmos pela parte do poente, eram pertencentes à igreja do mesmo abade.
1778 — Nos anos de 1778 e 1779 travara-se luta entre a abadessa de Santa Clara, D. Jerónima Quitéria de S. José e o médico do convento, o dr. Sebastião Navarro de Andrade. A abadessa não pode levar a bem que o médico protegesse o ingresso no mosteiro de D. Antónia Narcisa de Macedo Portugal, mulher de Leandro José de Sotto-Maior e Aiala, que promoveu processo de separação contra o marido e que só foi recebida no convento em virtude de ordens superiores, civis e eclesiásticas. - O médico foi despedido, arguido perante o arcebispo de ter violado a clausura, insultado a abadessa, promovido a desordem no mosteiro angariando partido entre as religiosas, protegido relações ilícitas, desobedecido a abadessa, que lhe proibira a entrada no átrio do convento, disfarçando-se com vestidos de mulher para aqui vir sem ser notado, etc.; mas de todas as acusações, e que se renovaram por mais de uma vez, saiu sempre ilibado, sendo-lhe mesmo permitido pelo arcebispo, em despacho deste dia 17, a entrada no convento, a fim de prestar os serviços da sua profissão às religiosas que o chamassem, isto em atenção às informações havidas tanto a respeito de literatura como de procedimento, ainda posteriormente confirmadas pela devassa a que se procedeu em Janeiro de 1579.
1856 — 2ª feira - Ás 7 horas da noite, um 1.º sargento Mota do batalhão de caçadores nº 7 aqui estacionado, esteve conversando na rua do Muro uma moça à qual um paisano julgara ter melhor direito. Este deu traiçoeiramente uma pancada, com um pau que trazia, no militar, e lhe fez uma extensa ferida na cabeça, mas não de gravidade. Na noite seguinte, um magote de soldados e oficiais inferiores em número de 12 a 14, armados de paus, correram a cidade espancando e ferindo indistintamente aqueles que pelo seu trajo mostravam poder ter sido o ofensor do seu camarada. Informado o comandante Horta, pelos queixosos, deu as providências e a ordem foi restabelecida, mas primeiro, com suas palavras, mal tratou os queixosos.
1892 — 5ª feira - Principiou a ser demolida a torre da igreja de S. Sebastião. Os entulhos e pedra da igreja, foram aplicados ao levantamento da rua com muros de suporte em seguimento da Caldeiroa até ao Arquinho, e ao conserto e levantamento entre Fato e o Rio, também com muro no rio.
1903 — Inaugura-se a fábrica de pentes a vapor, intitulada "A Vimaranense".
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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