Efemérides vimaranenses: 19 de Julho
D. Miguel, por volta de 1830
Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:
1420 — Mandado do ouvidor dos Duques de Barcelos, dr. Pero Esteves, aos juízes da mesma vila, não continuem a constranger os privilegiados da Colegiada de Guimarães a pagar para a casa do concelho que se anda fazendo na dita vila.
1564 — O Cardeal infante D. Henrique, legado "a latere" do Pontífice, expediu um rescrito, datado de Lisboa, pelo qual anexava "in perpetuum" ao Convento de Santa Clara de Guimarães as duas terças partes dos frutos e rendimentos de Santa Cristina de Arões, reservando a terça restante para a côngrua e sustentação do abade da mesma igreja.
1597 — Provisão régia nomeando reitor da Universidade de Coimbra ao doutor
1621 — O Cabido recebe carta de El-rei avisando-o que o Papa proveu no tesourado-mor da Colegiada o notável vimaranense Agostinho Barbosa. Não lhe deu a posse da dita dignidade por entender que o Pontífice não tinha tido inteira informação da qualidade do dito provido, que era "cristão-novo inteiro"
1824 — Chega o escrivão José de Sousa Bandeira , que tinha estado preso na Relação do Porto por opiniões políticas. PL
1829 — Houve touros no terreiro de Santa Clara com máscaras e um baile. Tudo isto foi continuação das festas que se fizeram pelo aniversário do juramento que Sua Majestade o sr. D. Miguel I, deu de manter as Leis Fundamentais da Monarquia Portuguesa. PL
1832 — Vem aqui o padre Mestre Braga, frade franciscano, sem hábito e com um grande pau nas mãos. Chegando à Praça do Toural, fez tocar um tambor a ajuntar, e depois que viu que pouca gente se lhe reunia, foi por todas as portas, e todos aqueles que ele encontrava nas lojas, ou lhes batia, ou os descompunha por eles não pegarem em armas a favor do sr. D. Miguel. Foi mandado pôr fora da vila dentro em duas horas. Quando este frade mandou tocar a ajuntar foi porque iam a passar à Conceição quarenta e tantos constitucionais de Basto que iam para o Porto. Todos iam armados e a maior parte a cavalo. A passagem desta gente fez grande alvoroço na vila, saindo a justiça e as ordenanças, que foram até ao Pevidém sem os poder alcançar.
1847 — Pelas 10 horas da noite foram alguns cartistas desta vila a Vila Pouca e aí deram alguns foguetes e vivas ao Barão de Vila Pouca, por este ter aceitado o cargo de Governador Civil do distrito de Braga, para o qual tinha nomeado S. Majestade a rainha.
1851 — Pelo Ministério do Reino foi posto pela 2ª vez a concurso a construção da estrada do Porto a Guimarães, orçada em 78:592$745 réis.
1885 — Romaria da Penha: Divertindo-se 2 rapazes a apanhar a pólvora e rastilho dos morteiros; o que tinha apanhado mais guardara-a num bolso e negara alguma a outro que lha pedira; este introduziu lume no bolso onde aquele guardara a pólvora e, esta explodindo deixou-o gravemente queimado, sendo imediatamente conduzido para o hospital da Misericórdia, onde ficou em tratamento.
1890 — É decretada a anexação civil e eclesiástica da freguesia de Pentieiros à de Taboadelo, cujo decreto foi publicado no Diário do Governo nº 213 de 19 de Setembro de 1890.
1899 — A Câmara Municipal delibera representar a El-rei, pedindo que seja deferido o requerimento de António Luís Soares e Paulo de Freitas, engenheiros civis, da cidade do Porto, em que pediam a concessão para construir uma linha americana de tracção a vapor, desde Guimarães a Famalicão e assente na estrada real nº 31.
Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.
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