1852: A Família Real em Guimarães
No dia 15 de Maio de 1852, a família real portuguesa iniciou uma visita a Guimarães. A notícia deste acontecimento, foi registada por “um cavalheiro vimaranense” e reproduzida por João Lopes de Faria. Diz o seguinte:
“A rainha D. Maria II, seu marido D. Fernando e seus filhos, o príncipe real D. Pedro e o duque do Porto, D. Luís, chegaram às 9 horas da manhã e alojaram-se na casa de Vila Flor, Cavalinho. No dia seguinte, 16, domingo, deram beija-mão à Câmara, Cabido, magistrados, justiça, generais, condes e grandes do reino que os acompanhavam, à Ordem Terceira de S. Domingos, etc. etc. Às 4 horas da tarde, seguidos da sua comitiva, foram à Colegiada e seu tesouro, e depois à igreja dos dominicos, sendo recebidos nas escadas do pátio da igreja debaixo do pálio e à porta da igreja o padre director paramentado lhes deu a cruz a beijar; seguiram para a capela-mor fazer oração, daí para a sacristia, casa do despacho onde se achava o trono com docel e cadeiras, às obras da nova enfermaria visitar os doentes, depois ao jardim, aonde apalparam o cão de murta, para verem se era fixo ou só para esta ocasião; determinaram ao marechal Duque de Saldanha suas reais resoluções, para serem consideradas Suas Reais Pessoas como associadas nesta V. Ordem, o que este comunicou ao José Gomes Fernandes Baptista, um dos fundadores do hospital (autor desta narração), indicando-lhe com quem, para levar a efeito tal fim, tinha de entender-se. No jardim, durante a visita, houve fogo, repiques e vivas. À saída voltaram à igreja; foram sempre acompanhados pela Mesa e Ordem até entrarem no coche, dando-lhes, à Mesa e à Ordem, demonstrações de satisfação e alegria. A família real foi muito festejada em Guimaraes durante os dias que aqui esteve, e recebeu numerosos presentes, merecendo especial menção uma bandeja-almofada, coroa e ceptro de linha, feita no Convento das Dominicas. Os povos do Gerês vieram a Guimarães trazer à Família Real 3 cargas de caça morta e 7 cabrinhas bravas vivas, as quais S.S. M.M. levaram para Lisboa. A rainha mandou dar 15 moedas a cada um dos 4 conventos de freiras, e avultadas esmolas aos presos e várias outras pessoas. No "Observador", de Coimbra, de 29 de Maio, lê-se: “S. M. a rainha fez tanto apreço da coroa de linha que uma religiosa dominica lhe ofertou que tenciona mandá-la para sua prima a rainha Vitória”. O Duque de Saldanha hospedou-se no Arco, com todo o seu estado maior, e o Duque da Terceira, e seus ajudantes, em Vila Pouca.
“A rainha D. Maria II, seu marido D. Fernando e seus filhos, o príncipe real D. Pedro e o duque do Porto, D. Luís, chegaram às 9 horas da manhã e alojaram-se na casa de Vila Flor, Cavalinho. No dia seguinte, 16, domingo, deram beija-mão à Câmara, Cabido, magistrados, justiça, generais, condes e grandes do reino que os acompanhavam, à Ordem Terceira de S. Domingos, etc. etc. Às 4 horas da tarde, seguidos da sua comitiva, foram à Colegiada e seu tesouro, e depois à igreja dos dominicos, sendo recebidos nas escadas do pátio da igreja debaixo do pálio e à porta da igreja o padre director paramentado lhes deu a cruz a beijar; seguiram para a capela-mor fazer oração, daí para a sacristia, casa do despacho onde se achava o trono com docel e cadeiras, às obras da nova enfermaria visitar os doentes, depois ao jardim, aonde apalparam o cão de murta, para verem se era fixo ou só para esta ocasião; determinaram ao marechal Duque de Saldanha suas reais resoluções, para serem consideradas Suas Reais Pessoas como associadas nesta V. Ordem, o que este comunicou ao José Gomes Fernandes Baptista, um dos fundadores do hospital (autor desta narração), indicando-lhe com quem, para levar a efeito tal fim, tinha de entender-se. No jardim, durante a visita, houve fogo, repiques e vivas. À saída voltaram à igreja; foram sempre acompanhados pela Mesa e Ordem até entrarem no coche, dando-lhes, à Mesa e à Ordem, demonstrações de satisfação e alegria. A família real foi muito festejada em Guimaraes durante os dias que aqui esteve, e recebeu numerosos presentes, merecendo especial menção uma bandeja-almofada, coroa e ceptro de linha, feita no Convento das Dominicas. Os povos do Gerês vieram a Guimarães trazer à Família Real 3 cargas de caça morta e 7 cabrinhas bravas vivas, as quais S.S. M.M. levaram para Lisboa. A rainha mandou dar 15 moedas a cada um dos 4 conventos de freiras, e avultadas esmolas aos presos e várias outras pessoas. No "Observador", de Coimbra, de 29 de Maio, lê-se: “S. M. a rainha fez tanto apreço da coroa de linha que uma religiosa dominica lhe ofertou que tenciona mandá-la para sua prima a rainha Vitória”. O Duque de Saldanha hospedou-se no Arco, com todo o seu estado maior, e o Duque da Terceira, e seus ajudantes, em Vila Pouca.
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