Efemérides: 1 de Maio

Algumas das efemérides vimaranenses deste dia, coligidas por João Lopes de Faria:

1291 — Regimento dos cónegos e beneficiados do Cabido da igreja de Santa Maria de Guimarães, dado por El-rei D. Dinis.

1822 — Representação de vários moradores da vila contra a Câmara, que acusa de inconstitucional, delapidadora e feita com os arrematantes da carne, em um contrato que fez violentamente, e com escolta na casa da Câmara, a que se opôs José de Sousa Bandeira e outros.

1867 — Às 12 horas e 40 minutos, numa casa do terreiro de Santa Clara faleceu o cónego Manuel Luis de Gouveia, vulgo "cónego preto" por ser muito moreno e escuro, nascido em S. Sebastião de Guimarães a 5 de Janeiro de 1810, cavaleiro da Ordem de Cristo, filho de Manuel Luís Pereira Pinheiro Nogueira de Gouveia e de Ana Luisa Fernandes Penedo; bom cantor de cantochão, foi o último possuidor da prebenda nº 2.

1875 — Principia a funcionar o Banco Comercial de Guimarães.

1881 — Inaugurou-se na Rua Gil Vicente, em terrenos pertencentes a José Joaquim da Silva Guimarães, negociante droguista e vidraceiro à Porta da Vila, um novo Teatro de Variedades, em substituição do que se abriu em 2 de Janeiro na casa da Associação Artística, que funcionou aqui por 3 meses. Esta inauguração foi com a comédia "O Tio Mateus" e com "O Processo do Rasga". A companhia era quase composta da mesma gente do outro teatro barracão. Este novo teatro, também barracão, era mais espaçoso e em melhores condições que o primeiro, tinha além da plateia, uma galeria superior para camarotes e chamava-se Teatro Gil Vicente.

1901 — Às 9 horas da noite, um pequeno ajuntamento de povo, que se reuniu no Largo de Nª Sª da Guia, preparava-se par se conduzir pelas ruas numa manifestação anti-jesuítica; o administrador, dr. Pedro Pereira da Silva Guimarães Júnior, ordenou a dispersão, a fim de manter a ordem pública e evitar que se repetissem os graves insultos praticados em 5 de Março deste ano. Foram efectuadas 3 prisões, sendo apenas mantida a de José Salgado "O Sabacho", reles e miserável cutileiro, da Rua de D. João I, por ter desobedecido e resistido à autoridade administrativa e ter levantado arruído perante a mesma autoridade.

Fonte: Efemérides Vimaranenses, de João Lopes de Faria, manuscrito da Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento.