Humor vimaranense: do Azemel à blogosfera
A imprensa periódica vimaranense tem uma longa história. Todavia, há uma vertente que se foi perdendo, em especial a partir dos tempos de chumbo iniciados em 1926 (como alguém disse, o cinzento acinzenta) e nunca mais foi retomada com a força que tinha antes: a tradição satírica, burlesca, humorística e crítica, iniciada logo em 1822 com o Azemel Vimaranense, em cujo cabeçalho se lia:
Os ecos das bombas,
Que estouram nas trombas
dos Rinocerontes
O Mamute e outros bichos colossais,
Deus pondo a imensa mão na imensa fronte
Disse: — É preciso fazer outros que tais!
E tomando da argila, enfastiado,
Com imenso trabalho e agonia,
Talhou um Mastodonte tonsurado,
Fez o novo Mamute, padre Faria!
Aí o vedes, tal qual ele é;
Negra a batina e negra a alma dura...
A meia rota a deixar ver o pé
Que ainda sonha com a ferradura!...
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