Casa da Memória de Guimarães - Notícia in Público, edição de 4 de Janeiro
Instalado numa antiga fábrica
Guimarães projecta museu feito pelas pessoas
Por Samuel Silva
Guimarães vai ter a partir de 2012 uma nova porta de entrada, a Casa da Memória. Trata-se de um novo museu, a instalar numa antiga fábrica, com um conceito diferente do habitual. Ficará na principal artéria de acesso à cidade, com uma exposição permanente construída a partir de peças e memórias doadas pela população. O projecto é da Sociedade Martins Sarmento (SMS) e da Universidade do Minho (UM).
A ideia forte do novo museu é o envolvimento da população, porque o espólio será feito com as memórias das pessoas, explica o presidente da SMS, António Amaro das Neves. A Casa da Memória vai cruzar as pequenas histórias da cidade e seus habitantes com a grande história da cidade, no contexto nacional e europeu. Ao longo dos próximos meses, a equipa da SMS e da UM vai à procura das memórias da população local, sejam elas imateriais - através de recolhas de histórias de vida - , ou materiais, pedindo às pessoas que doem objectos como fotografias, peças de decoração ou quadros. Mesmo que não tenham um grande valor material, podem ter uma história interessante para contar.
As duas instituições responsáveis pelos conteúdos da Casa da Memória já lançaram o desafio. "A cidade ainda não está completamente envolvida nos processos da Capital Europeia da Cultura [CEC] e sentimos necessidade de fazer este apelo para que as pessoas se envolvam", sublinha Amaro das Neves. O museu, explica, vai ser concretizado com dinheiro gerado pela Capital Europeia da Cultura, mas tem uma história própria. "A Casa da Memória está muito para além do horizonte de 2012. Vai fazer parte do legado", afirma Amaro das Neves, lembrando que a ideia nasceu em 2005. A "ambição", acrescenta, é tornar o museu "numa porta de entrada para a descoberta de Guimarães".
O projecto vai ocupar uma antiga fábrica de plásticos, na Avenida do Conde de Margaride, composta por cinco edifícios que vão ser recuperados e ligados por um caminho que existia dentro da fábrica e que vai ser transformado num espaço público.
A obra é da Câmara de Guimarães e vai custar 2,3 milhões de euros, com um prazo de 12 meses.
Os conteúdos da Casa da Memória vão ter por base trabalhos científicos em curso de investigadores ligados à Universidade do Minho. O trabalho está no terreno desde o Verão, com dez unidades de pesquisa, que juntam 35 especialistas em áreas como a História, a Sociologia ou a Etnografia. "Juntámos alguns dos maiores especialistas e reunimos uma equipa à prova de bala, no que toca à reputação", salienta Amaro das Neves.
Guimarães projecta museu feito pelas pessoas
Por Samuel Silva
Guimarães vai ter a partir de 2012 uma nova porta de entrada, a Casa da Memória. Trata-se de um novo museu, a instalar numa antiga fábrica, com um conceito diferente do habitual. Ficará na principal artéria de acesso à cidade, com uma exposição permanente construída a partir de peças e memórias doadas pela população. O projecto é da Sociedade Martins Sarmento (SMS) e da Universidade do Minho (UM).
A ideia forte do novo museu é o envolvimento da população, porque o espólio será feito com as memórias das pessoas, explica o presidente da SMS, António Amaro das Neves. A Casa da Memória vai cruzar as pequenas histórias da cidade e seus habitantes com a grande história da cidade, no contexto nacional e europeu. Ao longo dos próximos meses, a equipa da SMS e da UM vai à procura das memórias da população local, sejam elas imateriais - através de recolhas de histórias de vida - , ou materiais, pedindo às pessoas que doem objectos como fotografias, peças de decoração ou quadros. Mesmo que não tenham um grande valor material, podem ter uma história interessante para contar.
As duas instituições responsáveis pelos conteúdos da Casa da Memória já lançaram o desafio. "A cidade ainda não está completamente envolvida nos processos da Capital Europeia da Cultura [CEC] e sentimos necessidade de fazer este apelo para que as pessoas se envolvam", sublinha Amaro das Neves. O museu, explica, vai ser concretizado com dinheiro gerado pela Capital Europeia da Cultura, mas tem uma história própria. "A Casa da Memória está muito para além do horizonte de 2012. Vai fazer parte do legado", afirma Amaro das Neves, lembrando que a ideia nasceu em 2005. A "ambição", acrescenta, é tornar o museu "numa porta de entrada para a descoberta de Guimarães".
O projecto vai ocupar uma antiga fábrica de plásticos, na Avenida do Conde de Margaride, composta por cinco edifícios que vão ser recuperados e ligados por um caminho que existia dentro da fábrica e que vai ser transformado num espaço público.
A obra é da Câmara de Guimarães e vai custar 2,3 milhões de euros, com um prazo de 12 meses.
Os conteúdos da Casa da Memória vão ter por base trabalhos científicos em curso de investigadores ligados à Universidade do Minho. O trabalho está no terreno desde o Verão, com dez unidades de pesquisa, que juntam 35 especialistas em áreas como a História, a Sociologia ou a Etnografia. "Juntámos alguns dos maiores especialistas e reunimos uma equipa à prova de bala, no que toca à reputação", salienta Amaro das Neves.
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